A Igreja Metodista Central em Búzios completou 62 anos de história no balneário na quarta-feira (7). A programação de aniversário, que teve início dia 7 e seguirá até 11 de setembro, recebe nesta sexta-feira (9) o renomado Ministério Sarando a Terra Ferida, que marcou gerações com as músicas ‘Novo de Deus’, ‘O Haja de Deus’ e ‘Espírito Santo’.
A Metodista permanece de portas abertas para a comunidade desde a sua fundação em 1960. O atual pastor Marcus Fraga, que assumiu a igreja no ano de 2014, reafirma que o princípio da igreja local é a comunidade missionária a serviço do povo. “A igreja na pandemia distribuiu cestas básicas, realizou encontro dos conselheiros do Conselho Tutelar do Rio de Janeiro, proporciona aulas de Jiu-Jitsu à comunidade e está incluída no Coral Municipal, entre outras ações”, completa Marcus.
História e memória
A dona Hilma Souza de 85 anos contribuiu na construção e é uma das irmãs mais antigas da Metodista Central. A sua filha, que também se chama Hilma, conta que a história é explicada repetidas vezes pela mãe e relata que o seu tio Aristonil Silveira era o primeiro anunciar as histórias da igreja. Foi através dele que o terreno da igreja foi escolhido. Segundo a sobrinha, ele teve uma visão sobre aquele espaço, que até então era um matagal para criação de cabras, e um mangue (onde hoje é o centro de Búzios). Na época o sogro, Jorge, possuía aquelas terras, então Aristonil pediu um pedaço e afirmou que ali seria instalada a Igreja Metodista, e assim aconteceu.
Aristonil Silveira de Souza, que morreu de complicações renais em 2020, foi vice-prefeito de Búzios durante o governo de Toninho Branco. No dia de sua morte foi decretado, pelo prefeito à época, Henrique Gomes, luto de três dias no município.
O legado
A jovem Thaís Fernandes, mora em José Gonçalves, é, como se diz, “nascida e criada na Metodista”, sua avó e os pais também eram. Ela liderou o ministério de dança por mais de 10 anos. De diversas memórias afetivas ela destaca especialmente uma. “Lembro da minha avó chegando na minha casa chorando muito. Dizendo que Deus tinha falado com ela pra começar um ministério com as crianças e que chamaria Menina dos olhos de Deus. Eu era muito nova na época, mas lembro dela começando. Era fora do horário de culto, durante o dia, um espaço e momento que ela e outras senhoras se dedicavam a cuidar e ensinar algumas crianças, sendo elas da igreja ou não”, diz Thaís.
Confira a programação: