O Programa de Cirurgia Bariátrica do Serviço de Atendimento Integral ao Portador de Obesidade (SAI-Ob), do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), atingiu em julho a marca de 300 cirurgias bariátricas realizadas desde a retomada deste tipo de procedimento na unidade, em 2021.
O serviço é uma ação conjunta entre a Uerj e a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), sendo a reestruturação de um projeto que era realizado em outra instituição, o Hospital Estadual Carlos Chagas, e que foi suspenso antes da pandemia. O Hupe deu continuidade ao atendimento de pacientes que estavam na fila do programa, inscritos através do Sistema de Regulação (SISREG).
Segundo o coordenador do SAI-Ob, o endocrinologista Luiz Guilherme Kraemer de Aguiar, da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Uerj, a proposta não se restringe a ser apenas um hospital que faz cirurgia bariátrica, e sim atender o paciente portador de obesidade de uma forma integral, com olhar amplo e maior acolhimento. Para tal, uma equipe multidisciplinar cuida desses pacientes, que são atendidos por todos os profissionais necessários, recebendo as informações e instrumentos para tratar com integralidade a sua doença. Assim sendo, as cirurgias estão entre as possibilidades terapêuticas, mas é preciso percorrer um caminho até chegar lá, inclusive com perda de peso.
Referência para a saúde pública
“Sabemos que esse atendimento ao paciente com obesidade é um ponto de extrema importância. Ele passa a ter uma nova qualidade de vida, menos comorbidades e mortalidade. E, com esse projeto, a Uerj é elevada a um patamar importante para a saúde pública do Estado, cumprindo sua função como prestadora de assistência”, afirma Kraemer. Ele ressalta também o papel da Universidade na formação de recursos humanos e na produção de conhecimento para o estudo da área. “Os pacientes que acompanhamos aqui têm um diferencial de mais alta complexidade e isso nos faz caminhar para um atendimento ainda mais referenciado para indivíduos com casos mais graves”.