Alguns materiais tiveram aumento de 6.000% e podem gerar esgotamento dos recursos e a inacessibilidade aos equipamentos de proteção
De acordo com levantamento feito pelo Gabinete de Integração COVID-19 da Rede Hospitalar de Macaé, fornecedores de Equipamentos de Proteção Individual (EPis) estão praticando preços abusivos. O Gabinete denuncia que alguns materiais tiveram mais de 6.000% de aumento nos preços em relação aos valores do início da crise.
Ás máscaras cirúrgicas que custavam R$ 0,08 antes da crise, passara a custar R$ 4,90. Máscaras N95 saltou de R$ 2,30 para R$ 37,00. Protetores oculares foram de R$ 5,12 para R$ 9,90. Os profissionais de saúde explicam que os profissionais que irão cuidar dos pacientes seguirão os protocolos padrão de segurança do uso dos EPis, mas os preços abusivos prejudicarão o trabalho.
Em nota, argumentam que os valores praticados nesse momento tornam os recursos financeiros mais escassos, visto que as unidades de saúde não tem outra opção que não seja adquirir esses materiais, mas chegará um momento que não terão fluxo de caixa para adquiri-los e alertam que o impacto será o esgotamento dos recursos e a inacessibilidade aos equipamentos de proteção.
“Durante uma crise como essa, os fornecedores de EPis estão indo na contramão da intercooperação e da razoabilidade e da racionalidade. Praticando preços básicos e diminuindo o acesso, eles estão colocando em risco toda a sociedade. Podemos entender que que alguns estejam importando a preços mais altos que os praticados anteriormente. Mas muitos estão usando o momento para ter margem de lucro acima da razoabilidade.” , diz o médico, membro do Gabinete de Integração, Dr. Flávio Antunes.
O Gabinete COVID-19 é formado pelos representantes dos Hospitais Unimeds Costa do Sol, do qual fazem parte o Hospital São Lucas, e a Irmandade de São João Batista de Macaé. De acordo com a Unumed Costa do Sol, o objetivo do Gabinete é, além do gerenciamento de recursos, manter a cooperação mútua durante a crise.