A Guarda municipal de Búzios em breve passará a usar o chamado equipamento elétrico incapacitante não letal, uma espécie de pistola que dispara, através de um dardo preso a um fio, uma carga elétrica com capacidade para derrubar um ser-humano por dor e desorientação. A arma pode ser usada também sem os dardos, em que se encosta o dispositivo diretamente no corpo da pessoa-alvo, acionando o choque.
Nesta quinta-feira (24) a Guarda participou de um curso de capacitação, em Búzios, para uso desse equipamento. Em nota, a Guarda explica que o uso da arma é previsto pela SENASP (Secretaria Nacional de Segurança Pública) e das Leis Federais 13022 (Estatuto Nacional das Guardas Municipais) e a Lei 13060 (Que regula o uso de equipamento não letal), ambas de 2014.
Marco Antônio Sune Perez, Inspetor Geral da Guarda Municipal de Búzios, conta que esta é a terceira turma a participar do curso, e que 70 agentes já foram capacitados para o uso do dispositivo elétrico incapacitante. O curso foi ministrado por guardas municipais de Arraial do cabo, que são instrutores credenciados. Perez ainda explica que haverá outra turma no próximo mês, com 80 agentes.
“A princípio o objetivo é capacitar todos os agentes, mas a estratégia de uso será definida pela Secretária de Segurança e Ordem Pública.”, finaliza.
A Prefeitura de Búzios ainda não divulgou a data exata em que o equipamento passará a ser utilizado pelos agentes da Guarda Civil do município e quais critérios serão adotados para a sua utilização. O Prensa fez contato com a Equipe de Comunicação da Prefeitura e aguarda resposta.
O conceito dessa categoria de armamento foi estabelecido nos EUA e na Europa no início da década de 90, já foram liberadas em diversas cidades do Brasil para uso da Guarda de diferentes municípios. O caso mais conhecido de nossa região é a cidade de Macaé, em que um grupamento especial tem autorização para uso do dispositivo.
Saiba mais sobre a arma de choque não letal
De acordo com o fabricante cada cartucho em alcance de 6 a 8 metros e interrupção automática do choque após 5 segundos do disparo. Ela emite pulsos elétricos que atuam sobre o sistema neuromuscular, causando desorientação, fortes contrações musculares e queda do indivíduo, permitindo a incapacitação temporária.
O sistema nervoso humano se comunica por intermédio de impulsos elétricos. O centro de comando (cérebro e medula espinhal) processa informações e toma decisões. O sistema nervoso periférico inclui os nervos sensoriais e motores. Os nervos motores transmitem os comandos do cérebro para os músculos, controlando seus movimentos e podem ter respostas involuntárias à informação sensorial. A arma usa impulsos elétricos semelhantes para agir sobre os nervos sensoriais e motores, provocar a perda do controle motor e queda da pessoa alvejada.
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