O Porto da Barra, ponto turístico e comercial de Búzios, fundado em 2010 pelo empresário Clemente Magalhães e projetado pelo arquiteto Octavio Raja Gabaglia, está no centro de uma nova disputa comercial. Após o anúncio, noticiado exclusivamente pela Prensa, da venda do empreendimento para um grupo operador de shoppings, com investidores brasileiros e estrangeiros, que incluiria o jogador de futebol Philippe Coutinho, um dos grupos lojistas do condomínio decidiu exercer seu direito de preferência na compra.
A venda, inicialmente acordada por cerca de 8 milhões de dólares (aproximadamente 42 milhões de reais), enfrenta agora uma reviravolta. O grupo lojista tem até esta segunda-feira (10) para efetuar o sinal de 2 milhões de reais, garantindo assim a prioridade na aquisição e obrigando o atual proprietário a estornar o sinal do primeiro comprador interessado.
O Porto da Barra, localizado na Praia de Manguinhos, próximo a Geribá, transformou-se em um eixo de atratividade em Búzios, promovendo a valorização do bairro e elevando o valor dos imóveis ao redor. Conhecido por sua diversidade de bares, galerias de arte, boutiques e restaurantes, o complexo se tornou uma referência nacional em experiências gastronômicas e de lazer à beira-mar.
O primeiro anúncio da venda foi recebido com apreensão pela comunidade, preocupada com as possíveis mudanças no estilo do empreendimento, mas a atual gestão do complexo gastronômico garantiu que não haveria motivos para preocupação e que o novo comprador pretendia preservar o legado e a importância do local para Búzios. No entanto, agora, com essa nova ação em que um grupo lojista requer o direito de preferência, promete manter a identidade e a continuidade do Porto da Barra, marcando o início de uma nova fase para o empreendimento e para a cidade.
Entenda o direito de preferência
O direito de preferência é um direito que permite a um indivíduo ou grupo adquirir um bem ou propriedade antes de outros interessados, quando o proprietário decide vendê-lo. Esse direito é geralmente estabelecido por contrato ou legislação e concede ao detentor a oportunidade de igualar ou superar uma oferta feita por terceiros para manter a propriedade do bem em questão. No contexto comercial, isso é comum em contratos de aluguel, associações de lojistas, ou entre sócios de uma empresa.