A greve nacional dos petroleiros entrou no terceiro dia nesta quarta-feira (17) com ampliação da adesão em unidades do Sistema Petrobras no país. No Norte Fluminense, a mobilização teve como um dos principais pontos o ato realizado em frente à Unidade de Tratamento de Gás de Cabiúnas (UTGCAB), em Macaé, reunindo trabalhadores da unidade e dirigentes sindicais.
De acordo com balanço divulgado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), a paralisação atinge, até o momento, nove refinarias, 28 plataformas, 13 unidades da Transpetro, quatro termelétricas, duas usinas de biodiesel, além dos campos terrestres da Bahia, da UTGCAB, da Estação de Compressão de Paulínia (TBG) e da sede administrativa da Petrobras em Natal (EDIRN).


No Norte Fluminense, a FUP informa que 26 plataformas da Bacia de Campos registram 100% de adesão dos trabalhadores. Somadas às unidades do Espírito Santo, são 28 plataformas marítimas paralisadas nas bases da federação.
A greve também avançou em Pernambuco, onde houve adesão na Refinaria Abreu e Lima e no Terminal de Suape, completando o total de refinarias paradas nas bases da FUP. Em outros estados, como Rio Grande do Norte, Espírito Santo e São Paulo, foram registrados atos, paralisações e bloqueios de acesso em unidades administrativas e operacionais.
Além da ampliação do movimento, os sindicatos denunciam restrições à liberação de trabalhadores que aderiram à greve. Segundo a FUP, há registros de petroleiros mantidos por mais de 60 horas em refinarias como a Reduc e a Regap, e por quase 48 horas em unidades como Lubnor e Refap, situação classificada pelas entidades como cárcere privado.
No Norte Fluminense, o Sindipetro-NF afirma ter recebido denúncias semelhantes envolvendo plataformas da Bacia de Campos, com relatos de impedimento de desembarque de grevistas, especialmente técnicos de segurança. As entidades informam que, em alguns casos, recorreram à Justiça para garantir a liberação dos trabalhadores.
A FUP também relata a atuação de auditores do Ministério do Trabalho em algumas unidades, como a Reduc, para verificar condições de saúde, segurança e habitabilidade dos trabalhadores mantidos nas refinarias durante o movimento.
As informações constam no boletim divulgado pela Federação Única dos Petroleiros, atualizado às 13h30 desta quarta-feira (17).


