O Grupo Zurich, que administra o Aeroporto Joaquim de Azevedo Mancebo, em Macaé, confirmou para a reportagem da Prensa, nesta quinta-feira (9), que vai construir uma nova pista, dentro do plano de melhorias na infraestrutura do terminal, previsto no contrato de concessão. As intervenções vão obrigar a administração a reduzir a pista atual, por razões de segurança, o que levou a companhia aérea Azul a anunciar a suspensão temporária dos voos, a partir de 1° de junho. Contudo, a questão é que as obras não têm data pra terminar, segundo o Grupo Zurich, que ainda analisa o tempo que o trabalho vai durar.
Segunda a concessionária, enquanto as obras perdurarem, as operações com helicópteros continuarão suas atividades, sem qualquer impacto. A aposta é que a nova infraestrutura de pista atenda ao “robusto potencial” de desenvolvimento econômico da Bacia de Campos.
Atualmente, o Aeroporto de Macaé responde por cerca de 55% das operações offshore na região, o que representa um aumento de 120% em sua participação no mercado desde o início da concessão, em 2019.
“Quando concluída, a nova pista abrirá possibilidades para que Macaé evolua como um polo econômico, aliando a vocação turística da Costa Fluminense a um aeroporto adequado para operação offshore e comercial”, disse o comunicado enviado pelo Grupo Zurich para a reportagem.
A Prensa entrou em contato com a Prefeitura de Macaé para saber sobre o impacto das obras e da consequente suspensão dos voos da Azul para o município.
Em nota, o governo municipal informou que mantém diálogo com a empresa concessionária do Aeroporto de Macaé e também com representantes do governo federal para acompanhar investimentos na infraestrutura da base aérea e também nas alterações nas operações de voos comerciais e offshore no município. O futuro da operação da empresa Azul também “faz parte desta agenda realizada com representantes de Macaé e de Brasília”.
Apesar de a concessionária ter informado que o prazo de conclusão das obras ainda está indefinido, a companhia aérea Azul disse que a operação das aeronaves Cessna Caravan e ATR vai ficar inviabilizado pelos “próximos dois anos” em razão da ampliação e das reformas.
A decisão vai obrigar os clientes .a remarcar os voos para outros locais ou pedir o ressarcimento financeiro.
“A companhia lamenta eventuais transtornos ocorridos aos seus clientes e reforça que espera que as adequações sejam feitas para que possa o quanto antes voltar a realizar seus voos nesta importante cidade do Rio de Janeiro”, disse a empresa.