O futebol é uma paixão nacional! Dizem as frases de efeito. Mas, como durante tanto tempo os campeonatos eram exclusivamente masculinos, parecia que a paixão era sentida apenas pelos homens.
Como é costumeiro, foi pensando mais no lucro que na paixão que a CBF resolveu organizar o Campeonato brasileiro de Futebol Feminino a partir de 2013. Um torneio que já foi chamado de Taça Brasil (1983 – 2003), de Copa do Brasil (2007 – 2016), hoje tem calendário unificado, séries A-1 e A-2, além do sub-18. De acordo com dados divulgados pela CBF o número de equipes inscritas, somente para a segunda divisão, A-2, passou de 16 para 36.
Em 2019 a Série A-1 contará com 16 participantes e o Sub-18 com 24. Somando as três divisões, as meninas disputarão na temporada 344 partidas envolvendo Santos, Ponte Preta, Flamengo, Corinthians, Sport, Vitória, Internacional, Ceará, São Raimundo, Náutico, Palmeiras, Atlético-MG, Grêmio, Portuguesa, Vasco, Fluminense, Cruzeiro, Botafogo, São Paulo, América-MG e Chapecoense, além concorrentes menos famosos como: Duque de Caxias-RJ, Atlético-AC, Tiradentes-PI, São Valério-TO, Aliança-GO, Cresspom-DF, Moreninhas-MS, UDA-AL, Canindé-SE, 3b Sport-AM, Esmac-PA, Santa Quitéria Futebol Clube-AM, Oratório-AP, Kindermann-SC, Foz Cataratas-PR, São Francisco-BA e do São José-SP que lidera o ranking de pontos da CBF.
Não resta dúvida que as meninas já calçavam chuteiras. Agora que os campeonatos, tabelas e taças foram acertados é hora de não largar as mãos das atletas. Transmissão de jogos, ampla divulgação e incentivo devem ser distribuídos para que um dia, antes tarde do que nunca, tenhamos inclusive a rainha Marta jogando no Brasil.
*Rafael Alvarenga é professor de filosofia e apaixonado por esportes