O coordenador geral da FUP (Federação Única dos Petroleiros), José Maria Rangel, participou nesta segunda-feira (12), da mesa da reinstalação da frente parlamentar em defesa da indústria naval na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). A frente parlamentar defende a indústria naval para a oferta de empregos voltar ao Brasil.
O evento foi organizado além da FUP, pelo Sindipetro NF (Sindicato dos Petroleiros) do Norte Fluminense, Sitramico -RJ e Sindipetro de Duque de Caxias.
O deputado estadual Waldeck Carneiro (PT), afirmou que um dos objetivos da Frente é aperfeiçoar a legislação referente à indústria naval e offshore, influenciando no processo legislativo a partir das comissões temáticas no Congresso Nacional. “Mobilizaremos, para isso, a bancada federal do Rio de Janeiro e convocaremos entidades de classe e instituições interessadas no desenvolvimento econômico do estado. Também promoveremos debates, simpósios, seminários e outros eventos pertinentes ao setor, além de apoiar reivindicações no que tange à criação da infraestrutura necessária para fomento da indústria naval do Estado do Rio de Janeiro”, diz Waldeck.
Em sua fala, o coordenador-geral da FUP, José Maria Rangel, ressaltou que a recessão econômica, fruto das políticas neoliberais dos governos Temer e Bolsonaro, levou a indústrial naval ao colapso, com o fim de 60 mil postos de trabalho de mão de obra qualificada no setor.
Com a redução da exigência do conteúdo local, a crise no setor só se agravou. Segundo a revista Portos & Navios o setor chegou a gerar 84 mil empregos diretos no país quando as obras que antes eram executadas nos estaleiros brasileiros, passaram a ser feitas na Ásia.
Durante discurso, José Maria enfatizou também que o Rio de Janeiro tem, atualmente, o maior índice de desemprego no país. “O setor de óleo e gás, que correspondeu por quase 40% de arrecadação do Estado, caiu vertiginosamente. A Bacia de Campos tem declínio da produção acima da média do que é razoável por falta de investimentos da Petrobras. E nós temos dito que isso é feito de caso pensado, porque não é verdade que a estatal está quebrada. A petrobras está fazendo uma opção de destinar recursos ao mercado financeiro, ao invés de investir no setor produtivo. Nos últimos anos, a Petrobras já destinou ao mercado financeiro mais de R$ 500 bilhões e alega estar quebrada”