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Fundação Rio das Ostras de Cultura (Froc) incentiva cadastro de capoeiristas na Secretaria de Estado de Cultura

A Fudanção Rio das Ostras de Cultura incentiva capoeiristas a se cadastrarem na Secretaria de Estado de Cultura

Com o objetivo de levantar informações para construção de políticas públicas e garantir a salvaguarda dos bens culturais relacionados à prática, a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa está catalogando, oficialmente, o ofício de Mestra e Mestre de Capoeira e a Roda de Capoeira.

Por esta razão, a Fundação Rio das Ostras de Cultura (Froc) convida e incentiva todos os capoeiristas riostrenses a se cadastrarem no formulário que está disponibilizado neste link. Para finalizar o cadastro, é necessário enviar todos os documentos comprobatórios para o email do projeto ([email protected]).

Por ser considerada patrimônio imaterial do Brasil desde 2008, a iniciativa será executada pelo Instituto Estadual de Patrimônio Cultural (Inepac). “Essa ação demonstra que estamos atentos à gestão compartilhada que concorre a todos os entes quando se trata da salvaguarda do patrimônio cultural imaterial. A Roda de Capoeira e o Ofício de Mestra e Mestre de Capoeira são bens culturais de todos os cidadãos brasileiros, incluindo todos que habitam os 92 municípios do RJ, e nós, enquanto poder público, devemos cumprir com o papel de garantir que tais bens sejam protegidos”, ressalta Ana Cristina Carvalho, diretora do Inepac.

A SececRJ e o Inepac vão poder mapear a presença de capoeiristas nos 92 municípios fluminenses. O cadastro também servirá para que as duas instituições tenham um banco de informações sobre os capoeiristas para definir as melhores ações para promoção e valorização tanto do Mestre e Mestra, quanto das Rodas de Capoeira.

História de lutas e conquistas

Os primeiros registros da palavra “Capoeira” correspondem ao início do século XIX. Ela foi desenvolvida de maneiras distintas em cidades portuárias do Brasil Império, como o Rio de Janeiro, Salvador e Recife, e era, então, realizada em sua grande maioria por escravizados africanos de origem banto e, com algumas exceções, por membros do exército e da polícia.

Por muito tempo, a Capoeira sofreu preconceito e foi considerada uma luta violenta, sendo alvo de repressão policial e coibida em âmbito legal. Foram necessárias décadas de desconstrução e conscientização e, a partir de 1930 e 1940, a prática começa a livrar-se, aos poucos, desse estigma e começa a ser reconhecida como um saber genuinamente brasileiro.

A Roda de Capoeira e o Ofício de Mestre e Mestra de Capoeira foram registrados como bens culturais imateriais do Brasil em 2008, por indicação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, órgão do Ministério da Cultura (IPHAN/MinC).

Noticiário das Caravelas

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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