Em Macaé, no interior do Estado do Rio de Janeiro, é criado a Frente de Ação Resistência Livre, que é um movimento apartidário de militantes de diversas áreas de atuação e luta que visam construir, mobilizar e organizar ações sociais na cidade com o objetivo principal de ajudar a quem precisa. É proposto, também, ampliar os espaços democráticos de discussão de temas importantes de conjuntura municipal e nacional. A Frente acredita que todas e todos devem ter responsabilidade social e voz ativa.
A Resistência Livre já nasceu com três projetos piloto:
O GARJ – O Grupo de Argumentação Resistência Jovem, é o primeiro projeto desenvolvido pela Frente, e consiste em um grupo fixo e crescente de debate jovem em Macaé (já com interessados em abrir um grupo em Rio de Ostras). Os jovens membros do GARJ são protagonistas em todos os momentos, escolhendo de forma democrática, por meio de votação, todo o debate, desde seu tema até o dia e hora e o local a ser realizado. Os debates serão mensais e a colaboração dos coordenadores da Resistência Livre se limita a mediação do debate e facilitação da comunicação entre a juventude.
Para ser membro do GARJ basta ser jovem na idade escolar ou recém-ingressado na faculdade. Todos os adultos, responsáveis, professores e cidadãos em geral são bem-vindos nos debates do GARJ, como convidados ativos e participativos nos debates, sendo sempre lembrados de que estaremos todos lá para ouvirmos o que os jovens têm a dizer, não podendo eles, portanto, monopolizar o local de fala. Os mesmos também não tem voz quanto à escolha do tema, local, dia e horário, bem como quaisquer outras decisões referentes ao grupo de debate e o debate em si.
Ao divulgar a proposta do GARJ para Marcus Afonso, 15 anos, o mesmo preferiu saber mais sobre as ações sociais promovidas pela Frente e já chegou dando a ideia da campanha do agasalho. Em menos de uma semana já havia caixas e posters da campanha em seis postos de coleta diferentes, um deles em Rio das Ostras. Duas bolsas cheias de doações já foram recolhidas e a data para a primeira ida ás ruas para distribuição será combinada esse fim de semana, em reunião executiva.
Para o futuro, a Resistência Livre está de olho em usar o esporte para integração social com um time de futebol americano, a ser treinado por Babú Galvão, ex jogadora da modalidade. O projeto já deu seus primeiros passos e está em fase de captação dos primeiros jovens interessados em jogar.
*A Resistência Livre nasceu quando Babú Galvão e sua esposa Fabrizia Lodi, ao se mudarem do Rio para Macaé. Depois de muito procurarem, não encontraram grupos que fizessem trabalhos sociais no município. As duas se filiaram ao PSOL por ideologia e vontade de melhorar a vida das pessoas. Babú é professora e comentando com os colegas de profissão e amigos pessoais, Gabriel Colimerio e Giulia Lyra, sobre as dificuldades de achar grupos para atuar, surge a ideia de parar de procurar e meter a mão na massa.