As eleições para prefeitura do Rio de Janeiro em 2020 já começaram e as alianças estão sendo feitas pelos pré-candidatos. O prefeito Marcelo Crivella (PRB) anunciou que tentará a reeleição com o apoio do PP de Francisco Dornelles. Além de Crivella, o campo conservador deve contar com a candidatura do deputado Rodrigo Amorim (PSL), nome apoiado pelos eleitores do presidente Bolsonaro. Pela centro-direita, o ex-prefeito Eduardo Paes poderá ser o candidato do DEM, se não for impedido pela operação Lava Jato.
Na esquerda, o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL), em entrevista ao jornal El País, declarou que pretende “unificar a esquerda”. “Isso é uma construção. Tenho conversado muito com o PCdoB e com o PT, que já disse que vai me apoiar abertamente. Queremos trazer também o PDT, me dou muito bem com os parlamentares do partido”, diz Freixo.
No cenário nacional o PSOL avançou politicamente desde a eleição de Juliano Medeiros como presidente, e no Rio de Janeiro a maior parte da direção é contra alianças com outras legendas – aceitam apenas os pequenos PCB e PSTU. “Eu acho que é uma falácia a gente falar em unidade de esquerda no Rio de Janeiro incluindo o PT e o PCdoB no hall da esquerda. Acho que essa aliança tem que ser do ponto de vista institucional com o PCB e com o PSTU”, defendeu o vereador Renato Cinco em 2016.
Enquanto o PSOL não se resolve internamente, os outros partidos da esquerda do espectro político se movimentam. O PDT anunciou a pré-candidatura da deputada estadual, Martha Rocha, e o PSB lançou Alessandro Molon, enquanto o PCdoB discute a possibilidade de ter como candidato o ex-ministro do Trabalho, Brizola Neto. Pelo centro, Clarissa Garotinho deseja ser a candidata do PROS.
Até meados de 2020, prazo final para a consolidação das coligações, muita coisa vai acontecer. Mas o fato é que o processo político já começou.
(*)Com informações do O Cafezinho