Policiais do 25º BPM (Cabo Frio) detiveram, na sexta-feira (29), 18 pessoas durante a Operação Flanelinha, que aconteceu nas principais ruas do Centro de Cabo Frio. Todas – inclusive os que, de acordo com a PM, já responderam por crimes, foram liberados porque, consultada a Justiça, não havia mandados de prisão contra eles.
Os detidos foram denunciados por prática de cobrança ilegal por vagas de estacionamento em vias públicas. Embora a ação dos flanelinhas seja alvo de denúncias constantes de motoristas, nenhuma das vítimas aceitou ir à delegacia de Cabo Frio apresentar queixa, o que prejudicou a ação. Não foram encontradas armas e drogas com os detidos.
Na delegacia, foi constatado que na ficha criminal dos detidos havia anotações de homicídio, tráfico e uso de drogas, roubos, furtos, ameaças, fraude, estelionato e exercício ilegal da profissão. Os agentes do 25º BPM orientaram os motoristas a não darem dinheiro aos flanelinhas e denunciá-los em caso de ameaça.
FLANELINHAS NO PERÓ
As operações, segundo a PM, vão continuar inclusive no bairro do Peró, onde há denúncias de ação de flanelinhas e de estacionamentos irregulares em áreas de preservação permanente. Na noite de sexta-feira, a PM foi acionada para o barulho em excesso numa festa que ocorrida na Avenida dos Espadartes 213. Para configurar a contravenção penal, contudo, é necessária a presença do denunciante.
No Peró, a prefeitura deu início à operação de ordenamento das ruas. Várias placas foram instaladas, proibindo o estacionamento irregular. Como não havia fiscalização, as infrações continuaram inclusive na Rua do Moinho, onde os ônibus da Viação Salineira não conseguiram circular na tarde de sexta-feira por causa de para irregular de carros nos dois lados da via e na esquina, próximo ao Supermercado Tucano.
Os moradores também reclamaram do excesso de barracas, que vendem alimentos e artesanato, na Praça do Moinho. Com a ausência da fiscalização de posturas, os barraqueiros ocuparam a maior parte da praça, ocupando o espaço do lazer dos moradores e turistas. Carros antigos estão sendo usados como depósito de mercadores e áreas públicas foram ocupadas por barracas de alimentação.