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#FiqueEmCasa – Depoimento de uma buziana em Portugal

Janice Kunrath é Gestora Hoteleira e Artista

As ruas das cidades de Portugal estão vazias/ Arquivo pessoal

A convite do Diretor e Editor Chefe do Prensa de Babel, o colega Empreteco Victor Viana, venho dar um depoimento sobre a rotina e o avanço do Corovavírus em Portugal, bem como, algumas medidas tomadas pelo governo que teve seu primeiro caso confirmado em 2 de março de 2020.

Espero contribuir com informações, para a sensibilização da gravidade e urgência da tomada de ações para prevenção e contenção desse inimigo invisível, traiçoeiro e perigoso, especialmente para grupos de risco, como os idosos, hipertensos, diabéticos, pessoas com insuficiência cardíaca, renal ou doença respiratória crônica que podem ficar mais expostos e ter complicações decorrentes da Covid-19.

As rotinas iniciaram, com isolamento social, que a princípio começou voluntariamente pela população a partir do dia 09 de março. As primeiras medidas, por parte do governo, iniciaram no dia 13 de março, foi de encerrar as escolas, faculdades e comércio em geral, exceto mercados, farmácias e postos de combustíveis. As escolas e faculdades tiveram que adotar novos meios de ensino e se adaptar em pouco tempo, através de ferramentas, programas e sistemas online para transmitir conhecimento e troca de informações, bem como o comércio também buscou implementar novas medidas, como por exemplo alguns restaurantes com entregas as casas.

Já os fechamentos das fronteiras com a Espanha (3º país na Europa com maior nº de infectados) e a redução dos vôos internacionais, tanto para o continente como para as ilhas dos Açores e Madeira, se deram a partir de 16 de março.

Em seguida, dia 18 de março o Presidente da República, Sr. Marcelo Rebelo de Sousa decretou Estado de Emergência por 15 dias, sujeitos a renovação do prazo, conforme avaliação da evolução de casos no país, devido ao coronavírus, visando antecipar e reforçar a solidariedade entre poderes públicos e deles com o Povo, prevenir e intervir para conter o aumento expressivo e progressivo de casos graves, para assim ter condições dignas de atender com rapidez e eficiência os infectados.

Diariamente, por meio dos canais de televisão, vem sendo informadas as medidas governamentais para apoiar as famílias, garantir liquidez, capacidade produtiva, manutenção dos empregos, prazos para obrigações fiscais e bancárias e fornecimento de linhas de créditos somente para quem não dispensar colaboradores, para assim buscar evitar o colapso econômico a curto e médio prazo das empresas.

O cenário nas cidades portuguesas e europeias, devido ao isolamento em razão da pandemia, transformou as paisagens das grandes e pequenas metrópoles em cidades fantasmas. Somente esse cenário, dá a dimensão da gravidade da crise que nossa geração irá enfrentar por alguns meses, ao longo desse ano, com repercussões terríveis, pois a recessão afetará a maioria dos países. Até ontem, o vírus já havia atingido 182 países do total de 193 países membros da ONU. A falta de dinheiro e a fome serão agravados com essa situação, que criará uma tensão social sem precedentes.

Esse tsunami invisível com previsão de longa evolução e mutação, ainda não atingiu seu pico máximo, que está previsto para o dia 14 de abril aqui em Portugal, sendo até a presente data, 1020 pessoas infectados confirmados, 5 recuperados, 12 mortes, 156 doentes internados e destes 35 estão em cuidados intensivos e 1059 a serem confirmados. A preocupação com a vida tem sido a prioridade do governo, pois baseados tristes experiências dos demais países infectados, quando a contaminação atinge seu pico com cerca de 20% da população infectada aí ela abranda, mas não acaba e desse percentual 5% necessita de terapia intensiva e cuidados especiais. Portanto, se faz necessário tomar atitudes duras para conter a propagação do vírus e ter os casos graves gradativamente, para preparar hospitais de campanha, ventiladores, demais materiais médico/hospitalares, ambulatórias e profissionais da área para atender com dignidade e serenidade.

Serão tempos difíceis, onde mais do que nunca se faz necessária a entreajuda, a solidariedade, respeito e apoio mútuo entre todos. Estamos todos nessa travessia e precisamos nos proteger de nós mesmos, pois o vírus não escolhe A ou B e somos propagadores do vírus. Precisamos proteger quem amamos e alertar o maior número de pessoas para atenuar esse desafio que iremos enfrentar o isolamento social. Segundo palavras do Presidente de Portugal, será necessário vencer o cansaço dessa batalha difícil de ganhar, o desânimo do que core mal ou menos bem e a fadiga que tolhe a vontade, aumenta as dúvidas, alimenta as indignações e revoltas. Tudo o que nos enfraquecer nesta guerra alongará a luta e torná-la-á mais custosa e dolorosa. Resistência, solidariedade e coragem são as palavras de ordem.

Dentro de todo esse cenário surgem boas ações e novas oportunidades, como o project open air que reúne online diversos especialistas do mundo para encontrar soluções na confecção de ventiladores utilizados para salvar as pessoas infectadas, além de grupos que interagem para comprar medicamentos e insumos aos idosos, vizinhos que cantam, dançam e fazem atividades físicas em conjunto desde suas casas. Tem também a nova campanha do turismo do centro de Portugal “Haverá Tempo!” na qual aponta caminhos para um futuro próximo, pós-pandemia COVID-19. A campanha apela aos portugueses para que fiquem em casa, dando nota de que “haverá tempo” para conhecer ou regressar ao Centro de Portugal, que estará à sua espera quando a doença for debelada.

O essencial e fundamental é manter o equilíbrio frente essa crise sanitária, econômica e politica que se avizinha a passos largos. É o momento da sociedade rever o próprio comportamento e forma de viver. Temos de lutar, todos os dias pela vida, pelo amor e pela família. Acreditar que esses momentos passarão, sairemos mais fortalecidos e com novas lições de vida. Seguindo as determinações e orientações de higiene diária, tendo os cuidados necessários iremos nos proteger e proteger quem amamos! Juntos somos mais fortes! Cuidem-se! Cumprimentos, Janice Kunrath Cidadã Buziana Gestora Hoteleira e Artista

Noticiário das Caravelas

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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