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Festival online alcançou milhares de pessoas e promoveu artistas de Rio das Ostras

Ao longo de dois meses, o Festival Sou Cultura em Casa levou arte, aprendizado e entretenimento para muitas pessoas com publicações na rede social que alcançaram mais de 32 mil visualizações. Mas não foi apenas a população de Rio das Ostras que se beneficiou com a iniciativa. Os selecionados para o evento receberam cachê por cada vídeo produzido e ainda puderam se aproximar do público nesse momento que, devido à pandemia de Covid-19, os espaços culturais estão fechados.

“Acredito que o Festival atingiu o objetivo de mostrar o trabalho dos artistas da Cidade, revelando a diversidade de produção nas áreas de circo, teatro, dança, alongamento, música, cinema, desenho animado e artesanato, entre outras. Nossos artistas tiveram a oportunidade de chegar à casa das pessoas que estão em isolamento social e o grande número de visualizações dos vídeos comprova o sucesso do evento”, afirma Cristiane Régis, presidente da Fundação Rio das Ostras de Cultura.

Uma iniciativa da Fundação Rio das Ostras de Cultura, o Festival Sou Cultura em Casa ajudou a promover o trabalho dos artistas da Cidade. Os vídeos selecionados foram postados, entre 10 de abril e 21 de junho, no Facebook da Fundação pelo endereço eletrônico https://www.facebook.com/frcriodasostras1997/.

VIDEOAULAS – Artesã há 20 anos, Vania Carvalho começou a fazer biscuit de forma autodidata, usando materiais improvisados. E foi essa experiência com a reciclagem no artesanato que levou para as videoaulas ministradas durante o Festival Sou Cultura em Casa.

Em suas videoaulas, Vania ensinou a criar artesanato vendável com materiais que iriam para o lixo, contribuindo com o meio ambiente e estimulando a geração de renda. “Espero que algumas das pessoas que assistiram possam começar a praticar a reciclagem e quem sabe descobrir novos dons. A arte transforma vidas”, acredita.

“Participei do Festival com cinco videoaulas e superei o desafio de gravar vídeos em casa com cachorros latindo, barulhos de carros e sem ter um programa de edição. Agradeço a Fundação Rio das Ostras de Cultura pela oportunidade e posso dizer que essa iniciativa aproximou artistas e público de maneira ímpar”, destaca.

VALORIZAÇÃO DA ARTE – Atriz profissional e cineasta, Letícia Perez levou um pouco do seu conhecimento nas duas áreas para o Festival Sou Cultura em Casa. Com experiência variada no cinema, de diretora a preparadora de elenco, Letícia dá aulas online de interpretação.

“A proposta do Festival veio como um respiro para nós, artistas, nesse momento atípico que motiva a nos reinventar e readaptar. Valorizou o nosso trabalho e assim tivemos a oportunidade de ser um pontinho de luz durante a quarentena”, enfatiza.

Segundo a artista, o evento mostrou que é possível superar obstáculos pessoais e comunitários, como a pandemia do coronavírus. “Além do auxílio financeiro proporcionado, o Festival me manteve produzindo aquilo que amo, me motivou a fazer mais e a levar arte a mais pessoas”, conta.

DESAFIO ACEITO – Para a atriz e palhaça Marina Petersen, a participação no Festival foi um desafio que valeu a pena. Apesar de jovem, Marina tem um longo tempo de estrada. Começou a fazer teatro no Centro de Formação Artística de Rio das Ostras aos 7 anos, de onde saiu com o diploma técnico. Como aluna de Produção Cultural, começou a atuar em diferentes áreas até conhecer e se apaixonar pela arte circense.

“Foi um desafio estar no Festival por que eu não tinha experiência em produzir vídeos. No início, achei difícil falar olhando para um celular, já que estou acostumada a interagir com a plateia. Mas me inspirei nos blogueiros que conheço e acabou dando certo”, diz bem-humorada.

“Valeu a pena participar. Sou artista de rua e, nesse momento da pandemia, não estou conseguindo gerar renda. Esse valor do cachê me ajudou, além de ter aprendido com a experiência”, reforça Marina, que é uma das idealizadoras do Festival de Circo de Rio das Ostras.

Noticiário das Caravelas

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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