A multinacional Nueva Pescanova planeja inaugurar a primeira fazenda de criação de polvos em cativeiro do mundo nas Ilhas Canárias, na Espanha. No entanto, a iniciativa tem gerado críticas por parte de pesquisadores e ativistas que denunciam a crueldade por trás do projeto. Segundo informações divulgadas, milhares de polvos serão mantidos em tanques apertados e abatidos para produzir 3.000 toneladas da carne deste animal por ano até 2026.
Apesar de evidências científicas mostrarem que polvos são seres sencientes e capazes de sentir dor e emoções como medo e angústia, a multinacional alega que a criação em cativeiro aliviará a pressão da pesca sobre as populações selvagens. Entretanto, cientistas alertam que a criação em escala industrial não é tão sustentável quanto afirmam os defensores do projeto, já que a aquicultura sobrecarrega os estoques naturais.
Além disso, estudos mostram que polvos podem passar por intenso sofrimento e tendem a ficar agressivos quando confinados, podendo até se automutilar. A descoberta motivou o governo britânico a ampliar a proteção a polvos e mariscos, incluindo-os no escopo do Projeto de Lei do Bem-Estar Animal.
Diante desses fatos, uma petição para impedir a abertura da fazenda já conta com milhares de assinaturas. Ativistas defendem que qualquer operação agrícola visando uma alta qualidade de vida para os animais, reproduzindo o habitat natural da espécie, provavelmente seria muito cara para ser lucrativa.
O caso está movimentando a opinião pública mundial, considera que é importante que as autoridades locais avaliem cuidadosamente os impactos dessa iniciativa e considerem a proteção e o bem-estar dos polvos antes de concederem a autorização para sua abertura. Confirmando a premissa mundial de que a preservação da vida marinha e a busca por alternativas sustentáveis são necessárias para garantir um futuro mais justo e equilibrado para o planeta.