A sessão que definiu a abertura do processo de impeachment do prefeito André Granado e seu imediato afastamento por 90 dias (revogado pelo juízo de Búzios) deu o que falar. Afinal, o município jamais viu um prefeito ser contestado pela câmara. A preço de mercado, todas as legislaturas passadas foram lenientes com os prefeitos e portanto, o legislativo se unir, usando a ditadura da maioria para tirar um prefeito recém reeleito, provocou discussões apaixonadas de ambas as partes.
Mas foi a traição do vereador Don, até ontem ligado ao grupo do prefeito, que mais chamou a atenção. Pode ter chocado alguns, mas quem conhece a história do vereador sabia que a traição era questão de tempo. A oposição tinha desde a eleição, maioria simples (5X4) mas precisava de mais um voto para a maioria absoluta. Infelizmente, desde que assumiram seus mandatos que os vereadores da oposição trabalham contra o mandato do prefeito. Os 5 raivosos (agora serão seis) dormem e acordam tramando. Trabalham diuturnamente para atrapalhar a administração e nem ligam se com isso, prejudicam a cidade.
Qual o projeto votado em seis meses em benefício do povo? O que fez a vereadora Gladys nesse período a não ser subir à tribuna para falar impropérios (calma Gladys, eu explico. Impropérios significa Insulto; afronta; desrespeito; ofensa; infâmia; injuria; ultraje) contra o prefeito? A nobre vereadora não entendeu ainda que não foi eleita para ser inimiga do André e sim, para legislar em benefício dos cidadãos buzianos. Qual a relevância do vereador Valmir Nobre nesse período? E do Dida Gabarito? Até mesmo o presidente da casa, o vereador Cascalho, com aquele ar de simpático petulante mostrou que até agora não entendeu a grandeza do cargo.
Como politicamente é fraco, jamais foi ou será visto como um líder inconteste, ficou até agora a reboque das loucuras da Gladys. Cascalho sabe que a vereadora mente para a plateia, mas tem medo de ir contra pois sabe que o veneno pode voltar contra ele. Câmara alguma existe para fechar os olhos para a administração fazer o que quiser, como aconteceu como ex-prefeitos Mirinho e Toninho. Nem para atazanar a vida do prefeito com picuinhas como agora. Se agarram a um detalhe eleitoral, que André foi reeleito com pouco mais de 30% dos votos e portanto, na logica deles, teria 70% da população contra seu mandato e portanto tem que ser retirado do cargo.
Nada mais falso. Ganhou quem teve mais votos. A regra era clara. Se todos os outros candidatos tivessem tido zero votos e André apenas um, seria o eleito. Em geral as câmaras de vereadores no Brasil são verdadeiros balcões de negócios. É só dar o que eles querem que nada acontece de ruim com o prefeito. Ele pode ser o mais odioso dos ditadores. Pode perseguir, prevaricar, falsificar, fazer o diabo. Se azeitar bem as relações com o legislativo, pode dormir tranquilo por toda a vida. Do contrário no entanto sua vida vira um inferno. Vereador, com raras exceções, gosta mesmo é de um bifinho. E nem me venha com carne da Friboi. Tem que ser carne cara. Argentina, no mínimo.
Enquanto a oposição tramava contra o prefeito, ele tratou de trabalhar pela cidade. Mesmo com o município passando pela sua maior crise financeira provocada pela falência do Estado, André continuou fazendo obras e pagando em dia salários e serviços. Afinal o prefeito não se pode dar ao luxo de agir igual aos vereadores de oposição. Fingir que trabalha. O tempo, que a tudo traduz vai mostrar quem realmente está certo nessa história.
Em tempo: aquela turma que aplaudiu o discurso do vereador Don em nome da honra e da coisa certa não estava lá por acaso. Cada um já pediu um carguinho que o vereador espera receber quando o grupo econômico está por trás de tudo isso, assumir o poder. Ninguém aplaudiu a traição por amor a Búzios. Estão todos pensando apenas e tão somente na grana que podem vir a ganhar. Mesmo falsa, uma bolsa Loui Vuitton custa caro.
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