Motivo é o recebimento insuficiente de doses e frascos com quantidade menor que 10 volumes. Vacinação será retomada assim que o município receber novas unidades
A Prefeitura de Maricá confirmou que, a partir desta quinta-feira (22), a vacinação contra a Covid-19 será interrompida no município. De acordo com o governo municipal, o motivo da pausa é o não recebimento de novas doses de vacina pelo Ministério da Saúde (MS), quanto da entrega sistemática de volumes abaixo da necessidade real da cidade.
Segundo o órgão, além de a quantidade recebida ser insuficiente para imunizar a população dentro do estabelecido pelo Plano Nacional de Imunização (PNI), os frascos com quantidade menor da vacina registraram mais perdas do que o esperado. A situação já foi comunicada à Secretaria Estadual de Saúde (SES).
A possibilidade de suspensão já havia levado a Prefeitura a abrir uma ação judicial, nesta terça-feira (20), contra a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com o intuito de obrigar o órgão a retirar os entraves para a aquisição da vacina russa Sputnik V. Maricá comprou 500 mil doses do imunizante.
A vacinação tem previsão de retomada assim que o município receber novas doses, seguindo o calendário já divulgado, com o adiamento das datas que serão atualizadas.
Ao final de março, o Ministério da Saúde antecipou a vacinação do grupo prioritário “Forças de Segurança” para a primeira fase de vacinação e atribuiu aos municípios a responsabilidade de imunizar 18% das forças de segurança municipais: Guarda Municipal e Defesa Civil Municipal. O MS também determinou a data de início da segunda fase da vacinação, que abrange as pessoas com comorbidades para a próxima segunda-feira (26/04).
O município de Maricá relata que os frascos de vacina, principalmente os destinados à 2ª dose e que deveriam conter 10 doses, passaram a não vir com o volume suficiente.
“Até a última terça-feira (20), a Secretaria Municipal de Saúde de Maricá já contabilizava cerca de 1.670 doses perdidas, ultrapassando a previsão inicial de 5% de perdas aceitáveis”, explica a Prefeitura.
A Prensa questionou a Secretaria Estadual de Saúde (SES) e aguarda respostas.