Por Eduardo Almeida
Fizemos uma matéria falando da liberação do jogo de azar no Brasil. Naquela ocasião muitas vozes se alevantaram contra e a favor deste projeto. Os contra são sempre os mesmos motivos, motivos estes que já fazem 50 anos que o jogo é proibido no Brasil. Falam do problema do viciado, da família brasileira, do problema do caixa dois, em suma tudo que existe hoje sem jogo estar legalizado no Brasil
Como esta nos dias de hoje essa historia da liberação do jogo?
O Brasil de hoje, mais faz do que fala, o motivo é simples, como o governo não tem aprovação da população, de que adiante ficar falando para ter como resposta grupos irem para as ruas quebrarem caixas eletrônicos e os vidros da FIESP.
Um exemplo disso foi a lei que permitiu o retorno dos dólares que os brasileiros tem/tinham no exterior. Rapidinho a lei veio e atrás dela bilhões de dólares entraram no Brasil.
Outro exemplo: O governo federal adicionou mais dez campos de petróleo em águas ultraprofunda (pré sal) no Rio de Janeiro e no Espírito Santo ao leilão da 14ª rodada previsto para setembro de 2017.
Agora falando do jogo, ele está quase saindo. Já existem projetos transformando hotéis em cassinos, os projetos derrubam suítes para aumentar o espaço do cassino, aqui mesmo em Búzios existe um ti-ti a respeito em um grande hotel do centro. Na área de Búzios/Peró outro mega projeto em andamento. No Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca, hotéis se movimentam visando a legalização do jogo.
Nesta semana passada, terça-feira (13), as 9h, a Comissão Geral instaurada a pedido do deputado Roberto de Lucena (PV/SP) discutiu a liberação dos jogos de azar no Plenário da Câmara Federal. O parlamentar deu voz à instituições importantes e à sociedade civil, antes que se inicie a análise e votação do Marco Regulatório dos Jogos (PL 442/91 e apensados).
Resultado desta Comissão Geral
Foram chamados para falarem do jogo: a doutora em Psicologia pela Universidade de Kansas e pesquisadora na UnB, Suely Sales Guimarães, e o procurador-chefe da 2ª Região do Rio de Janeiro, José Augusto Simões Vagos. Também foram convidados: o procurador da 1ª Região de Brasília, Guilherme Schelb; o presidente da AJES, Arlindo Figueiredo Junior; o vice-presidente Sênior da Fertitta Entertainment (Sation Casinos) em Las Vegas, Tobin Prior; o presidente da LOTERJ, Sérgio de Almeida; o presidente da ABRABINCS, Olavo de Silveira; o coordenador da Revista Inteligência Empresarial da UFRJ e especialista em Economia da Cultura, Luiz Carlos Prestes; o procurador da ABLE, Roberto Fernandes; o defensor dos interesses de consumidores de jogos, Witoldo Hendrich Júnior; o coordenador do Movimento Brasil sem Azar, Paulo Fernando da Costa; o representante das Federações de Jogos da Mente e Confederação Brasileira de Texas Holdem, Igor Trafane; o presidente da ANFIP, Vilson Antonio Romero; a diretora de Relações e Desenvolvimento de Negócios para a América Latina e Caribe da Organização Internacional Gli Gamings Laboratories, Karen Castrellon; o presidente e o vice-presidente do Instituto Brasileiro Jogo Legal, Magno de Sousa e Daniel de Carvalho; o presidente da FEBRALOT, Jodismar Amaro; e o gerente Geral Brasil, Igor Santana. Advogados, comerciantes e empresários donos de lotéricas também participaram do debate.
Em suma toda essa gente em um dia de semana, em Brasília para falarem abobrinhas de jogos de azar ?
Como dissemos atrás, o lado que é contra falando da família brasileira, da moral e dos viciados, mas em compensação do outro lado coisas interessantíssimas, vejamos:
1- Nos dias de hoje, com a informatização, é possível que somente entre na casa de jogos quem se cadastrar e neste cadastro fala da família do apostador, no caso dele ser casado, a mulher dele, em tempo real saberá o cassino em que ele esta e quando ele pode jogar, se puder jogar cem reais e a mulher concordar, ele joga cem reais, se for jogar cento e dez reais, o sistema recusa.
2- Nos cassinos terão psicólogos e psiquiatras que se constatarem que o jogador é um viciado, ele será convidado acompanhar o agente social e afastado do jogo.
Perguntamos: isso existe nos cassinos e bingos clandestinos? na clandestinidade o cara joga o dinheiro do aluguel da sua família, bem como a comida e os remédios e ninguém fala nadica de nada.
Vamos ver no que vai dar. Que seja o melhor para esta brava gente brasileira.
*Eduardo Almeida é o presidente da Comissão de Segurança Publica da OAB/Búzios, vice presidente da Comissão de Proteção aos Homoafetivos da OAB/Búzios e vice presidente do Conselho Comunitário de Segurança Publica.