Ex-servidoras de Macaé denunciam trâmites das exonerações, segundo elas, feitas de forma incoerente, que seguem sem respostas
Ex-funcionárias públicas de Macaé, que exerciam funções de auxiliares de serviços escolares se queixam sobre a falta de respostas da prefeitura, dois meses após as exonerações inesperadas. Elas denunciaram o caso ao Ministério da Cidadania como forma de cobrar um posicionamento do município pelas demissões, que segundo as ex-servidoras, ocorreu de forma injusta.
No dia 16 julho deste ano, 257 servidores, a maioria mulheres auxiliares da educação, foram exonerados pela prefeitura sob a alegação de que estes profissionais estariam recebendo o auxílio emergencial, disponibilizado pelo governo federal, mesmo possuindo vínculos funcionais com o município. Mas segundo as trabalhadoras, o órgão estava em falta com o pagamento de décimo terceiro, além de descontar o INSS dos salários, e não repassar o valor.
INCOERÊNCIAS
Uma das ex-funcionárias que preferiu não se identificar, contou à Prensa que, no dia 23 de julho, registraram a ao Ministério da Cidadania. De acordo com ela, a forma como os desligamentos aconteceram foi injusta, uma vez que, além das faltas em pagamentos de direitos, a prefeitura não lhes comunicou sobre a situação de não poderem receber o auxílio emergencial, uma vez que o cadastro foi gerado automaticamente.
“A maneira que o prefeito nos condenou sem nos escutar, nos colocou como desonestas. No dia do pagamento da metade do décimo terceiro salário, o prefeito não nos pagou um direito do trabalhador, ele não cumpriu. Algumas de nós tinha o cadastro no Cad. Único, do Ministério da Cidadania, e Bolsa família, por isso o cadastro no auxílio entrou automaticamente. Já que a prefeitura não repassava nosso INSS, o nosso processo foi aprovado”.
A ex-servidora ainda afirma que, após as exonerações, foi feito um acordo de que se fosse feita a devolução do benefício, com a entrega do comprovante, as auxiliares seria recontratadas, o que não aconteceu. “Pedimos ao nosso prefeito e ao procurador da prefeitura que reveja a nossa situação, estamos passando por momentos difíceis e não temos outra renda a não ser esta. Isso que aconteceu conosco é inédito e nenhuma autoridade, vereadores, secretário de educação, ministério público e da cidadania se pronunciou”.
As funcionárias exoneradas se uniram, com o apoio da servidora Miriam Seso, para realizar reuniões semanais, com o objetivo de firmar os próximos andamentos da denúncia. Uma das fontes afirma que outros auxiliares estão recebendo o auxílio e não foram demitidos, além daqueles que foram exonerados e recontratados logo em seguida.
A Prensa entrou em contato com a prefeitura de Macaé, mas ainda não obteve respostas.