Eventos acontecem em Florianópolis e em Saquarema
Depois de um longo período, o Brasil volta a receber etapas válidas pelo circuito mundial de surfe. Dessa vez, os eventos serão pelo Qualifying Series (QS), em Florianópolis, Santa Catarina e em Saquarema, no Rio de Janeiro.
O Layback Floripa Pro, apresentado pela Billabong, acontece na Praia Mole, com etapas do QS 3000 masculino e QS 1000 feminino, entre os dias 10 e 14 de novembro. Já o Surf Festival, em Itaúna, conta com eventos do QS 3000, Pro Junior e Longboard, tanto feminino, quanto masculino, entre os dias 15 e 21 de novembro.
O grande nome da Região dos Lagos, Theo Fresia, local de Búzios, irá correr os eventos e se firmar cada vez mais no ranking da WSL em busca da classificação. Theo vem de boas aparições em etapas no primeiro semestre, no Equador. Essa temporada está sendo proveitosa para o surfista voltar ao hype de competições, após um tempo sem disputas.
“Competir em um evento aqui na região é incrível. Saquarema é uma onda que, ultimamente, eu tenho ido mais vezes. Desde a época de amador, eu vou direto para lá. Mas, ultimamente, tenho ido mais vezes. É uma onda muito difícil de ser surfada. Ela é ao mesmo tempo boa, com nível internacional, mas é uma onda muito difícil. Então, estou tentando ter mais tempo na água, mais carga horária por lá, para chegar no QS bem”, conta o surfista.
“E o QS de Florianópolis será incrível também. Nunca surfei na Praia Mole. Estou vendo vários vídeos e mal posso esperar para ter a oportunidade de poder competir esses dois eventos no Brasil”, diz Fresia.
Theo possui vasta experiência no mundo do surf competição, acumulando mais de 100 finais ao longo da carreira e mais de 40 troféus e medalhas.
Experiência no QS e inovação no surfe
Theo conhece o QS muito bem, ficando entre os 150 do mundo em apenas duas temporadas disputando a competição. Nesse período, em 2018, Fresia fez uma final na etapa da África do Sul, no QS 1500, e – em 2019 – uma quartas-de-final no QS 3000, na Virginia, nos EUA, ficou com o 25° lugar em um grande evento de Portugal, alcançando o top 150 no primeiro semestre daquele ano.
Além de excelente competidor, Theo inovou o jeito de ensinar a surfar ao criar o “Aprenda a surfar online”. Com a pandemia, o surfista teve mais tempo para aprimorar a ideia e colocá-la em prática. O curso ensina toda a teoria antes da pessoa pegar a sua primeira onda, com vídeo-aulas que mostram o passo a passo antes de entrar na água.
O atleta conta com a sua própria escola de surf, conseguindo um bom número de aulas. Mas até chegar nesse patamar, foi muita luta. Theo pensava em dar aulas particulares para juntar dinheiro e voltar a competir. Mas com a chegada da pandemia, o surfista teve que parar os seus treinos para ajudar em casa e começou até a fazer alguns trabalhos como motoboy. E a partir daí teve que adiantar as aulas presenciais, que tomaram uma proporção muito grande por conta do grande trabalho como instrutor.
Com isso, Theo resolveu criar a empresa “Fresia Surf Class”, que conta com cinco instrutores, mais de 400 aulas mensais oferecidas e aplicativo próprio, onde os novos estudantes podem marcar as suas aulas com maior segurança e conforto.
O competidor vai conseguir viajar e disputar mais um QS graças a dois patrocinadores: Belbras USA e o Bar Todo Meu. Além dos dois principais, Fresia conta com mais apoiadores: Murilo Meira Surfboards, Superglass, Brazinco, Geribá Surf Shop, Maria Parafina e Fresia Surf Class.
Patrocinadores
Theo fechou com um novo patrocinador, a BelBras USA Corporation. A empresa é fornecedora mundial de produtos farmacêuticos e equipamentos médicos desde 2008. O negócio apresenta produtos originais e de alta qualidade licenciados pelos maiores órgãos sanitários do planeta.
O Barthodomeu, que fica em Ipanema, no Rio de Janeiro, aposta as fichas há três anos no brilhantismo, técnica e força do Theo para conseguir chegar a elite do surf mundial.
Sobre Theo Fresia
Theo começou a surfar com 8 anos de idade, na Praia de Geribá, em Búzios. Tudo aconteceu graças ao seu irmão, Yuri, que resolveu aprender a surfar em uma escolinha pública. Theo, que é o caçula, foi junto. Filho mais novo, ele sempre foi muito competitivo na disputa com os irmãos. E isso o ajudou a entrar nas competições de surf, aos 10 anos, começando no circuito municipal da cidade.
Depois que competiu pela primeira vez, o surfista começou a pesquisar os calendários dos campeonatos, foi ali que viu que era um “vício”. Sua família sempre apoiou, o que dá o maior gás para continuar a sua jornada no surf competição.