Cinco estudantes do curso de Biologia da Universidade Veiga de Almeida (campus Tijuca) passaram o dia na Praia do Peró coletando material para a pesquisa (monografia) da fauna bentônica (organismos que rastejam, se prendem ou vivem enterrados na areia) da Costa do Peró. O trabalho será desenvolvido, em campo e em laboratório, no primeiro semestre do ano.
A idéia de fazer a pesquisa no Peró foi do biólogo Willian Côrtes, de 25 anos, que trouxe para o Peró os universitários Cadu, Yasmin, Patrícia e Pedro. Ele é veranista do balneário desde a infância e é um dos entusiastas do projeto da Bandeira Azul no Peró.
Durante a manhã, os universitários coletaram várias espécies, que agora serão levadas para estudo em laboratório. São animais marinhos que, em sua maioria, só sobrevivem em praias com excelente qualidade da água, como é o caso do Peró:
“O trabalho vai revelar também, através de análises comparativas, os níveis de qualidade da água aqui do Peró”, disse o biólogo, acrescentando que a pesquisa ficará à disposição da coordenação do projeto Bandeira Azul através de cooperação da Veiga de Almeida.
Apaixonado pelo Peró, onde tem casa na Rua Vitória, Willian disse que ficou feliz em ver os novos jardins de ipomeas ao longo da praia:
“Estas plantam desempenham uma função importantíssima, impedindo o avanço da areia, e ao mesmo tempo atraem as corujas buraqueiras. É importante que as pessoas se conscientizem e ajudem a preservar estes jardins”, aconselhou, acrescentando que a nova orla é bem mais interessante que a conheceu quando conheceu o Peró ainda menino.
Os universitários ficam no Peró até domingo, quando voltam para o Rio. Willian não gostou de duas coisas:
“Preocupa o destino que está sendo dado aos esgotos dos quiosques e destas novas casas da orla. Além disso, estão péssimas as condições das vias de acesso ao Peró. Um local tão importante, inclusive para o Turismo e para a pesquisa científica, merecia um melhor tratamento das autoridades”, criticou.