Prefeitura disse que vai restaurar a obra de arte do ceramista Alfredo Rainho
A Prefeitura de Búzios vai restaurar a escultura do artista plástico e ceramista do Alfredo Rainho que foi depredada no domingo (15). A obra de arte ‘Mão Alternativa” fica localizada no jardim do Espaço Cultural Zanine. A estátua que representa a palma da mão aberta do próprio artista foi quebrada ficando só o punho. A Secretaria de Cultura e Patrimônio Histórico divulgou nas redes sociais da pasta que recolheu os pedações da escultura e os guardou em um local fechado, até a contratação de um profissional para reparação.
Nas redes sociais, a filha do ceramista, Adriana Rainho, comentou o ato de vandalismo:
“A Estátua da mão do Alfredo Rainho (meu pai) foi quebrada em frente à Escola de Artes Zanine. Nosso centro cultural será que realmente aprecia a arte? E agora?”.
A reportagem conversou com Adriana, que muito sentida pelo ato de vandalismo, explicou representatividade da obra de arte para ela. “A mão era o meu canto com ele. Passar, vê-la e dizer ‘oi’ para ele. Não sei como vão a restaurar uma peça desse tamanho, o esmalte era único do Rainho”, comentou.
A escultura de 1,70 cm de altura é de 2002, e foi doada ao centro cultural depois de uma exposição no balneário, no ano da morte de Rainho, em 2018. A filha do ceramista contou que a obra foi criada para uma exposição no Hotel Galápago, em João Fernandes, e ficava ao lado da piscina. Depois da mostra, a obra foi levada para casa do artista e, antes de morrer, ele mesmo doou para o Espaço Zanine.
Além dessa estátua, o espaço cultural tem outra obra do escultor em sua fachada, o módulo cerâmica apelidado de “Jacaré”, de 2013. Búzios também conta com outra escultura de cerâmica do artista, denominada “Mandacaru”, perto do Pórtico, na entrada da cidade.
Além de artista plástico e ceramista, Alfredo Rainho era diplomata de carreira, pintor, escritor e intelectual. Era morador de Búzios e morreu em 2018. Fez exposições individuais e coletivas no Brasil, em cidades como Búzios, Araruama, Belo Horizonte, Cabo Frio, Florianópolis, Joinville, Niterói, Resende, Rio de Janeiro, São Paulo; e no exterior, em país como Alemanha, Portugal, Espanha e Croácia. Suas obras de cerâmica pertencem a acervos particulares no Brasil e no estrangeiro.