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Estado Maravilhoso de Glauco Lopes aborda turismo e deixa legado

Glauco Lopes mostra o livro O Estado Maravilhoso Novas Alternativas para o turismo no Rio de Janeiro

Um livro que mostra as riquezas não só da cidade maravilhosa, Rio de Janeiro, mas de todos os municípios deste estado, que atualmente sofre com uma  grave crise econômica e financeira, mas que ainda sim busca uma luz para o fim do túnel. Os investimentos nos muitos setores, como saúde, educação, segurança, geração de empregos, são necessários, mas investir também no turismo em um estado rodeado de belezas naturais, é preciso.

Escrito por Glauco Lopes e lançado em 2002, o livro “O Estado Maravilhoso Novas Alternativas para o turismo no Rio de Janeiro”, mostra as muitas vocações turísticas em todas as cidades do Estado do Rio de Janeiro.

Em entrevista ao Prensa de Babel, o ex-deputado estadual contou que a iniciativa de escrever a obra, surgiu quando foi convidado a ser secretário de Turismo em Macaé, na gestão do prefeito Silvio Lopes. Advogado de formação, Glauco Lopes exerceu mandato de Deputado Estadual na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) durante oito anos ( 2003 a 2006 e 2007 a 2010).

O então secretário de Turismo de Macaé recebeu o desafio de investir no setor, classificado atualmente na cidade, como um dos grandes potenciais para atrair turistas e tem sido a alternativa para driblar a crise econômica. Quando foi convidado a ser secretário da pasta em Macaé, Lopes ficou um período exercendo a função, até que fosse aprovada, na época, na gestão do prefeito Silvio Lopes, a Empresa Pública Municipal de Turismo, Macaé Tur. A criação da empresa foi aprovada na Câmara Municipal. Entusiasmado, Glauco Lopes começou a entender mais a atividade e criou uma equipe técnica, de turismólogos. A paixão pelo turismo despertou e Lopes começou a perceber a vocação de Macaé e toda região no setor. “Eu comecei a ver os atrativos da cidade, e são muitos: mar, serra, e comecei a buscar a criação de um produto turístico para Macaé. Comecei a ficar motivado e realizamos os trabalhos pela Macaé Tur. Fiquei cinco anos e meio à frente da empresa. Neste período, surgiu também a minha motivação política. Quando eu ainda estava na Macaé Tur, fui eleito presidente do Fórum Estadual de Secretários de Turismo. Eleito, comecei a legalizar o fórum. Rodei o estado inteiro e participava, já como presidente do fórum estadual, dei início ao processo de legalização do fórum, em 2003. Participei dos fóruns discutindo o turismo e tive a oportunidade de conhecer quase todo o estado do Rio de Janeiro”.

Visitando todas as regiões, com secretários de turismo, o entusiasmo de fazer mais continuou. O sentimento alinhado a uma candidatura, se consolidou, já que segundo Glauco Lopes, não havia ninguém que atuasse no turismo na Alerj. Não existia uma dedicação à atividade. “Com o trabalho de cinco anos e meio como secretário de Turismo de Macaé, e presidente do Fórum Estadual, e depois de descobrir as vocações turísticas das regiões, me deu a vontade de escrever um livro, sobre as peculiariedades de cada cidade e região. Foi ai então que escrevi o livro e narro esse sentimento de que não é só o Rio de Janeiro, que é uma cidade maravilhosa, mas também queríamos um estado maravilhoso. Este estigma que ficou de cidade maravilhosa. Nada contra o Rio, mas precisamos de um estado maravilhoso. Eu via que somente prefeitos e governadores do rio dividiam o interesse da cidade maravilhosa e o estado? E o interior, abandonado. Me motivei, escrevi o livro e tive ajuda de uma grande professora, Tânia Omena, que foi uma extraordinária colaboradora da minha obra. E tudo o que discutíamos no fórum, vocação turística, oferta técnica, de cada cidade, desde a gastronomia, aos patrimônios de cada cidade, isso me entusiasmou, tive ajuda da Tânia e em 2002 lancei meu livro”.

O livro O Estado Maravilhoso Novas Alternativas para o turismo no Rio de Janeiro foi lançado em 30 cidades, entre elas em Búzios, e no Rio de Janeiro. Depois do livro, Glauco Lopes, em 2002, ainda como presidente da Macaé Tur e do Fórum Estadual, foi eleito Deputado Estadual. No ano seguinte, em 2003, criou na Alerj, a primeira Comissão Permanente de Turismo. “A comissão não existia. E com a dedicação frente à Comissão de Turismo, comecei a promover audiências públicas, discutir o turismo, ver o estado como um todo. Dividido em oito regiões administrativas e políticas, no livro, narro também a minha experiência adquirida ao conhecer as cidades. Tanto que resolvi me aperfeiçoar, fazendo pós-graduação em Turismo”.

Com amplo conhecimento adquirido sobre o turismo, Glauco queria aprender mais. Estudou, criou um histórico de dedicação. “ Tenho muito orgulhoso disso, porque eu pude dar minha parcela de contribuição. Criei leis como deputado para o turismo. Uma delas é a lei  autorizativa, mas que  não foi executada. A lei cria o vale turismo. É uma compensação de crédito em ICMS, onde a empresa que quiser, paga metade do abono de férias ao trabalhador, ele usaria um cadastro nos hotéis conveniados, comércio e restaurante. O incremento fica na cidade. Evitaria que o trabalhador saísse do estado. Para conhecer os encantos que o estado têm, como Varre-sai, Carapebus, Quissamã, Conceição de Macabu. Criei também a lei da presença do Guia Local e Regional nas Excursões dentro do Estado, para gerar mais emprego. Criamos, também na época, uma lei voltada para acessibilidade aos portadores de necessidades especiais. A lei exige um quarto de hotel totalmente adaptado. Quando deputado por oito anos e presidente da Comissão Permanente de Turismo, criei o selo verde de certificação de qualidade aos estabelecimento do estado”, citou.

O turismo em Macaé

Em 2014, quando o país começou a ser “assolado” por uma grave crise financeira e econômica, os efeitos negativos em Macaé, a Capital Nacional do Petróleo, afetaram a vida de dezenas de pessoas. Desemprego, baixa renda, custo de vida alto, muitos deixaram a cidade. Mas o Plano B, que era investir no turismo local, estava à vista de muitos.

Questionado sobre o atual cenário da cidade, atingida pela crise, mas que poderia investir no turismo, Glauco Lopes analiso a situação com muita tristeza. “Eu me considero um técnico, criei um histórico. Lamento profundamente, porque quando criamos a Macaé Tur, trabalhamos muito na gestão do prefeito Silvio Lopes, para criar uma estrutura, já imaginando que o petróleo é finito e como precisávamos impulsionar outras atividades, entre elas, o turismo. Para se ter uma ideia, quando fui secretário, Macaé tinha poucos hotéis, naquela época era até preocupante, porque não podíamos promover eventos, porque não tínhamos infraestrutura. Criamos a Macaé Tur com esta finalidade, para fazer a interface entre o público e o privado, com mais mobilidade, promovendo a cidade, promoção turística, carnaval, Fest Verão, Expo Macaé. Tenho a honra de dizer que fizemos. Depois de ter feito o dever de casa e fazer o planejamento, ao mesmo tempo fico orgulhoso pelo que fizemos, mas triste porque já preparávamos a cidade na época, com muito menos orçamento que tem hoje. A cidade começou a ser preparada. Fizemos um Plano de Turismo para cidade. Levamos ao prefeito Silvio Lopes e a cidade percebeu que tinha essa vocação turística, serra, mar e veio a infraestrutura, a Linha Azul, que é uma obra do nosso governo,  Linha Verde, Vermelha, HPM, as orlas  das Praias Campista, Cavaleiros, Praia do Pecado, iluminação pública. Turismo se faz com conjunto de ações de obras de infraestrutura, e a empresa promovia, o Fest Verão, Expo Macaé, passamos a ser tradicional. Era uma festa bonita, com o acesso da população. A Macaé Tur promovia a feira e passamos a ser referência como feira de exposição agropecuária. Os expositores pagavam pelos espaços para participar da feira. Tempos depois, a entrada ficou gratuita. Populista. E não tem mais exposição. A gestão atual, de uns anos para cá, simplesmente parou a feira. Isso é ruim. Não aquece o turismo, os hotéis, o comércio”.

Para Glauco Lopes, é lamentável porque atualmente a cidade está muito mais dotada de infraestrutura, com locais importantes, como o Parque de Exposições Latiff Mussi Rocha e o Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho, além de hotéis, restaurantes, mas poucos eventos acontecem na cidade. “A cidade está pronta para receber os turistas.  Estamos na 10ª da Feira Brasil Offshore. Muito me orgulho porque trabalhamos para construção do Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho. Levamos então ao prefeito Silvio Lopes,  que entendeu. Conversamos com a empresa, com Eric Anderson, um argentino que tinha um projeto para a realização de uma feira, junto com a Associação Comercial, foram dezenas de reuniões e não tínhamos um centro de convenções e o prefeito se sensibilizou e construímos a primeira Escola Técnica Federal de Macaé, onde foi realizada a primeira edição da Brasil Offshore. Foi um sucesso. Ai nasceu o compromisso de construir, para a segunda edição, o Centro de Convenções e já estamos na 10ª edição. Mas somente a feira é realizada nos dias de hoje no local.  Com a extinção da Macaé Tur, extinta pela atual gestão, nada mais foi realizado no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho, a não ser a Brasil Offshore. Eventos privados são realizados, mas com muita dificuldade. Não houve plano de continuidade para investir, nos últimos 14 anos. O espaço poderia ser mais promovido para a realização de mais feiras, de mais eventos, congressos de várias áreas profissionais, inclusive estudantis. Tudo poderia acontecer lá, tudo para incrementar o turismo, atraindo pessoas para a cidade, aos hotéis, restaurantes, praias, serra, enfim. É preciso aquecer a economia. Poucas cidades têm um Centro de Convenções como Macaé possui, de tamanha estrutura. Macaé é polo hoteleiro, estudantil, de pessoas, de boa gastronomia. Com um gigantesco potencial turístico: serra, mar, hotéis, gastronomia. Sabemos que com a crise, a partir de 2014, a cidade foi muito afetada, Mas o turismo pode acontecer. A prefeitura não prioriza e não investe no setor, acha que é despesa, mas não é. O Poder Público quando não entende a importância da atividade do turismo, não investe, não prioriza. O orçamento da Secretaria de Turismo é exorbitante. Não investe, não auxilia nas inúmeras ações promovidas pelo Convention Bureau, do Polo Gastronômico da Praia dos Cavaleiros e Macaé Antiga. Tem que ter verba para o desenvolver o setor e incentivar os empresários, mas tenho a certeza de que dias melhores virão. O atual mandato acaba o ano que vem e muita coisa boa irá acontecer, irá beneficiar a cidade, inclusive no turismo.

Eleições 2020

Glauco quando deputado estadual em discurso na ALERJ. O Turismo era sua principal pauta

Entusiasta da política, Glauco Lopes, durante entrevista, não descartou a possibilidade de uma candidatura em 2020. “Estou avaliando sim a possibilidade de uma candidatura, mas não necessariamente precisa ser o meu, vou coloca-lo o meu nome à disposição, o nome do meu irmão também será cogitado, mas ainda é cedo para afirmar alguma coisa. Outros nomes também surgirão, outras pessoas”.

Em um ano político, em que Macaé precisa de uma renovação, é necessária a elaboração de um Plano de Governo, discutir com a sociedade. “Nos últimos anos, fizeram plano de poder, não tem estratégia de governo, não dialoga com servidores, com a classe do comércio, empresários. A cidade tem ótima arrecadação, tem receita, mas têm despesas. Mas o problema não é arrecadação. Desemprego alto, desde 2014, falta de investimento na agricultura, pesca, turismo, no esporte. O esporte era também uma das principais referências de Macaé. Tínhamos o Ginásio Poliesportivo, que era totalmente adaptado para os cadeirantes, e aprovado pelo Comitê Olímpico Brasileiro e Internacional. A atual gestão não incentivou os eventos. O Parque da Cidade está totalmente abandonado e deteriorado, mas dias melhores virão, apesar da omissão do Poder Público. A cidade está pronta e avançada em infraestrura. Possui  cabeças pensantes, universitários, celeiro de doutores da UFRJ, UFF, rede hoteleira, orlas das praias, setor gastronômico, expansão do Aeroporto, vai vir uma nova fase de crescimento, porto para geração de emprego. Luz no fim do túnel há, os leilões, investimento no setor de  gás, demos um passo nas últimas décadas. Indústria do petróleo reagindo, postura boa de entusiasmo e ações que precisam ser concretizadas. Estou confiante na atuação do Governo do Estado e do Governo Federal. Macaé será também referência no turismo nos próximos anos”.

Noticiário das Caravelas

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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