Cabo Frio, Macaé e Saquarema estão entre as cidades que têm pacientes suspeitos
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) ainda aguarda os resultados das amostras sugestivas para variante Ômicron. Segundo a pasta, 201 amostras de teste RT-PCR estão sendo investigadas no Estado do Rio. Dessas, 159 foram coletadas por unidades municipais de Saúde e serão sequenciadas por laboratório credenciado da Fiocruz. A previsão é que o resultado saia até o dia 7 de janeiro. Outras 43 amostras foram coletadas pela Rede DASA e estão sendo sequenciadas pela própria rede. Até o momento, apenas um caso importado da variante Ômicron foi confirmado. Os casos suspeitos são de pacientes de 12 municípios de sete regiões de saúde do estado, entre eles Cabo Frio (1 suspeito), Macaé (2 suspeitos) e Saquarema (1 suspeito).
Há pacientes também no Rio de Janeiro (28 suspeitos), Angra dos Reis (4 suspeitos), Nilópolis (1 suspeito), Niterói (2 suspeitos), São Gonçalo (1 suspeito) e Volta Redonda (3 suspeitos). A pasta foi comunicada na sexta (24) pela Rede Dasa RJ. As amostras foram coletadas entre os dias 1 e 20 de dezembro. Por enquanto, não foram encontradas amostras sugestivas nas regiões Noroeste e Centro Sul. Nessas áreas, a Vigilância estadual fará uma busca ativa de amostras de PCR para verificar se também há casos sugestivos para a variante Ômicron.
A SES destacou que a vigilância genômica ocorre independentemente do funcionamento dos sistemas de informações. Ela vem sendo realizada desde janeiro sem interrupção, seja pelo Projeto Corona-Ômica-RJ ou pelos laboratórios de referência. A Fiocruz disponibiliza em seu site todos os dados das amostras analisadas, assim como a SES publica semanalmente um boletim da evolução das variantes da Covid-19 no estado. Desde o início do sequenciamento do vírus SARS-CoV-2 no estado, mais de 6 mil sequenciamentos já foram realizados.
No mês de dezembro, o estado do Rio de Janeiro recebeu do MS mais de 600 mil testes de antígeno. Quase 240 mil já foram distribuídos aos municípios. O restante estará disponível a partir de segunda-feira. Quanto aos testes de RT-PCR, os kits de coleta são retirados no Lacen/RJ pelos municípios de acordo com as amostras entregues para análise.
O sequenciamento do coronavírus não é um exame de rotina nem de diagnóstico, ele é feito como vigilância genômica, para identificar modificações sofridas pelo vírus SARS-CoV-2 no estado e embasar políticas sanitárias. Parte das amostras sequenciadas no estado são referentes ao projeto Corona-Ômica-RJ, parceria entre SES, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, Laboratório Central Noel Nutels, Fiocruz e Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, correspondendo a maior parte das amostras sequenciadas. As demais são enviadas pelos municípios ao Lacen/RJ, seguindo os critérios da Nota Técnica 33/2021 da SUBVAPS-SES/RJ, que encaminha para o Laboratório de Referência de Vírus Respiratórios.