Nunca foi tão urgente se mobilizar durante uma campanha eleitoral, na qual um dos candidatos representa grande retrocesso para a tão jovem democracia brasileira. Cativar novos eleitores para o 13 deixou de ser uma convicção política e se tornou o único caminho possível para não se flertar com o caos social e o fascismo. E foi com esta proposta que artistas de Rio das Ostras e Barra de São João se reuniram para o “Esperança Equilibrista”, uma ocupação que acontecerá dia 25, quinta, na Rua Maria Letícia, no Centro de Rio das Ostras, a partir das 17h.
Atores, músicos, instrumentistas, dançarinos, artistas visuais, poetas, entre outros setores da arte, estarão juntos lutando pelo “Vira Voto”. Também vão marcar presença fotógrafos, DJs, tatuadorese o Clube do Vinil.
Na programação musical estão confirmadas as apresentações de Micha, Samba em Família, 27 revistados, Marcia Costa, Anderson AMrinho, Cláudia Falcão e Tiago Barroso, Arnaldo, Rutra do Rap e Rodolfo. O evento será aberto por uma roda de capoeira comandada pelo Mestre Mistério. Esperança Equilibrista não tem o apoio da Prefeitura.
RETROCESSO – Um dos candidatos a Presidência da República tem uma biografia pouco condizente ao respeito humano. Falas como “prefiro um filho viciado a gay”, “a senhora não merece nem ser estuprada”, “afrodescentes pesam sete arrobas”, “mulheres deveriam ganhar menos”, “vamos metralhar a petralhada” são alguns dos incoerentes discursos de quem deveria apoiar programas de igualdades sociais.
Além de ter uma vida política de quase três décadas com apenas três leis aprovadas como deputado, o candidato do 17 é investigado por recebimento de propina da JBS. Ainda é a favor do armamento civil e engessa direitos sociais ainda não garantidos, os direitos das mulheres e da comunidade LGBT, sem falar que discursa para um retrocesso nas poucas conquistas dos negros como forma de reparação social.
VOTO – Virar o voto para o 13 neste momento não significa comungar dos desenlaces sociais do Partido dos Trabalhadores. Eleitores de Ciro Gomes, Marina Silva, Guilherme Boulos e até mesmo candidatos com menos expressões de votos optaram pelo PT neste segundo turno porque entenderam que o autoritarismo não pode vencer. A arte, neste momento, é uma firme proposta de dialogar por meio do amor.