Caso de uma clínica de estética que usava produto proibido em Porto Alegre repercutiu no Fantástico neste domingo (12)
As propagandas que promovem a melhoria da saúde e da estética com uso de produtos de efeitos milagrosos estão por toda parte, mas é preciso ter cuidado. O Fantástico, programa da Rede Globo, exibiu uma matéria no domingo (13) sobre clínicas em Porto Alegre e outras cidades do país que estão utilizando o produto Israderm para procedimentos estéticos, que é uma suposta toxina botulínica proibida no Brasil. A especialista em procedimentos estéticos e odontológicos, Barbara Schmidt, que atua em Búzios, conversou com a Prensa sobre os cuidados com essas propagandas que, normalmente, utilizam produtos não regulamentados.
“Independentemente do material que seja, é obrigatório ser aprovado pela Anvisa. É crime usar materiais que não tenham essa liberação. Uma dica importante para os clientes é que, quando for realizar algum procedimento, esteja em alerta sobre os produtos utilizados, quais são, se tem liberação, peça as informações do produto”, orienta Bárbara.
O produto Isarderm citado na matéria não possui essas informações. A Anvisa proibiu em junho do ano passado a comercialização, distribuição, fabricação, propaganda e uso dele no Brasil. O frasco contém apenas a informação de quem é fabricado em Israel, porém uma investigação internacional realizada pela equipe do programa revelou que é uma fraude, e que a origem do produto ainda é um mistério.
Outra dica da especialista é em relação aos preços. Quando são muito baratos é preciso desconfiar. Segundo ela, os produtos de procedimentos estéticos são caros pela qualidade, o que leva ao profissional a ter um preço mais elevado também.
“Cuidado com os preços baratos, os produtos de qualidade não têm esse preço baixo, o que nos leva a também não poder cobrar tão barato. Observe as promoções surpresas, pesquise o valor no mercado para comparar ter problema”, complementa ela.
Bárbara também alerta sobre as informações que devem vir junto ao frasco, como número do lote, validade, fabricação e outros. Além da necessidade de ter uma ficha com informações pessoais dos pacientes, o produto utilizado por eles.
Por: Natalia Nabuco, estagiária sob supervisão da jornalista Monique Gonçalves.