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Equoterapia de Macaé transforma a vida de crianças PcDs

Reconhecido como um dos centros de excelência no país e referência para outros municípios, o Programa de Equoterapia da Secretaria Adjunta de Atenção Básica da Prefeitura de Macaé – método terapêutico que utiliza o cavalo como agente promotor de ganhos a nível físico e psíquico – tem mudado para melhor a vida de muitas crianças e suas famílias. O pequeno Bento, de 3 anos, nasceu com síndrome de Down, começou a receber o atendimento em cavalo há um mês e a interação com o animal já melhorou a sua relação cotidiana com os brinquedos e as pessoas. Esse resultado na vida dele e dos demais pacientes tem a ver com a gestão do serviço pelo município que cumpriu  a meta e ampliou o atendimento com 168 crianças atendidas hoje, na sede, no Parque de Exposições Latiff Mussi Rocha, e mais 26 na região serrana, na unidade  de Córrego do Ouro, que também funciona no parque de exposições do distrito.

O programa completou 10 anos de atividades no ano passado e tem avançado em termos de equipamentos e profissionais multidisciplinares nos últimos anos. A Equoterapia municipal oferece a Bento e aos demais pacientes uma forma especial de desenvolvimento físico, cognitivo e emocional utilizando o cavalo como agente promotor de ganhos em um trabalho multidisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação.

“A Equoterapia já ajudou Bento, principalmente, com a postura, pois ele andava curvado e, nesse pouco tempo, já está andando com o corpo mais reto”, disse a mãe, Silvania Ramos Maia, 47 anos. Ela contou que recebeu o diagnóstico assim que ele nasceu, mas, nos primeiros três meses de gestação, já sabia que as chances eram altas de ele nascer com síndrome de Down devido ao exame de translucência nucal que fez durante o Pré-Natal. Além disso, ela tem um tio de 55 anos e a filha de uma prima de 15 anos que também têm SD. Mesmo sendo preparada durante a gestação, Silvania disse que o marido teve medo do desconhecido. “Hoje eles se amam mais do que tudo. É um amor maravilhoso, mas, claro, demoramos a entender como lidar com esta condição”, observou. O casal tem outros dois filhos, de 24 e 7 anos, e a vida deles também é Bento.

Se em casa não faltam amor e dedicação para Bento, na Equoterapia ele também recebe carinho e toda a atenção da equipe para o bem-estar e saúde. “A Equoterapia entrou na nossa vida para fazer toda a diferença”, concluiu a mãe. O resultado positivo do programa começa com o trabalho da equipe. A fisioterapeuta Lais Cavararo disse que antes é a realização de um projeto pessoal e depois, profissional. Rosiane dos Reis, também fisioterapeuta do programa, concorda com a colega. Elas destacaram os benefícios da Equoterapia que não se restringe à montaria.

O trabalho multidisciplinar busca o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiências e/ou necessidades especiais sendo valioso no tratamento de diversos problemas físicos, neurológicos e emocionais. A indicação é feita para diversas condições como paralisia cerebral; Transtorno de Espectro Autista (TEA); Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH); e síndrome de Down, entre outras, auxiliando os pequenos, como Bento, na ansiedade, depressão, traumas e dificuldades sensoriais pela interação com o cavalo. “A Equoterapia contribui para o fortalecimento muscular; equilíbrio corporal; desenvolvimento emocional; e coordenação motora, entre outros benefícios”, ressaltou Rosiane.

A coordenadora, Géssica Barcellos, informou que o programa atende a partir de 2 anos sem limite máximo de idade. O serviço funciona das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira na sede e, às quartas e sextas, na serra e, para o atendimento, é necessário laudo médico com encaminhamento para a Equoterapia no tratamento. O serviço é integral e também oferece suporte às famílias em outras áreas que atuam em parceria. O programa é referência para outros municípios como Casimiro de Abreu, Iguaba Grande, Niterói e Trajano de Moraes que vieram conhecer de perto como funciona, na prática, a Equoterapia Municipal. Foi reconhecido como centro de excelência pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM) em visita à unidade no ano passado.

“Estou orgulhosa pelo trabalho que o município oferece às crianças e às suas famílias com todo o suporte para o tratamento em várias áreas. O trabalho é fruto do conhecimento e dedicação da equipe que atua em prol dessas crianças oferecendo o melhor tratamento e bem-estar”, destacou a coordenadora da Divisão de Fisioterapia e Reabilitação, Janiane Nunes. 

Noticiário das Caravelas

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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