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Entrevista: Saiba tudo sobre o Congresso Internacional de Resíduos Sólidos que acontece em Búzios entre os dias 24 e 27 de outubro

Evento visa promover gestão sustentável de resíduos sólidos debatendo o tema com a sociedade

A cidade de Búzios se tornará o cenário de um evento que busca um futuro mais sustentável. O CIRS Búzios – 1º Congresso Internacional de Resíduos Sólidos em Búzios, que acontecerá entre os dias 24 e 27 de outubro, terá como objetivo principal o aprimoramento da gestão de resíduos sólidos, promovendo não apenas a preservação ambiental, mas também a geração de empregos e renda, bem como a melhoria na qualidade de vida da população.

O CIRS Búzios é realizado pela Masterplan Engenharia Consultiva e Ambiental e conta com o apoio de diversas instituições, incluindo a Prefeitura de Búzios, Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, FAPERJ, UNESCO e Firjan. O congresso visa fomentar ações concretas nos próximos sete anos, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) da Agenda 2030 da ONU.

Para entender melhor os detalhes e objetivos do congresso, entrevistamos Alice Hagge, Gerente de Relações Institucionais da Masterplan.

Prensa de Babel: Pode nos contar mais sobre o 1º Congresso Internacional de Resíduos Sólidos (CIRS) e seu objetivo central?

Alice Hagge: O primeiro Congresso Internacional de Resíduos Sólidos em Búzios, o CIRS-Búzios, está sendo organizado com base em três macrotemas. Esses três macrotemas foram selecionados por um comitê técnico-científico formado por grandes personalidades da gestão de resíduos.

PB: Quais são os principais destaques e temas que serão abordados durante o congresso?

Alice Hagge: Em cada dia de conteúdo do Congresso, nós trataremos um desses macrotemas. E os três macrotemas que foram selecionados pelo Comitê Técnico Científico são:
Gestão de resíduos, propriamente dita. O primeiro dia de conteúdo do congresso, 25 de outubro, será dedicado à gestão de resíduos. Três mesas de discussão abordarão temas como a influência da Agenda 2030 nas relações comerciais, as metas brasileiras e do estado do Rio de Janeiro em relação aos resíduos para os próximos sete anos, e os Objetivos do d
Desenvolvimento Sustentável da ONU no que se às metas sobre resíduos. Além disso, haverá debates sobre sustentabilidade econômica do sistema de gestão de resíduos sólidos e a gestão local, com a participação de cooperativas de catadores, prefeitos e outros representantes que atuam nesse contexto.

No segundo dia de conteúdo, 26 de outubro, o foco estará na economia circular. Pela manhã, haverá uma mesa ampla com diversos palestrantes, discutindo oportunidades e desafios dessa nova forma de pensar a produção, o consumo e a gestão dos resíduos. Serão abordados temas como o design de embalagens, o papel da economia circular na cadeia de valor das embalagens e outros aspectos que compõem esse desafio de mudar a perspectiva sobre e economia. Durante a tarde, duas mesas tratarão de ações de engajamento já em funcionamento e perspectivas de regulamentação da logística reversa.

Inovação, Clima e Ambiente é o macrotema do último dia do congresso, 27 de outubro. Pela manhã, uma grande mesa abordará inovação e tecnologia na gestão de resíduos, apresentando cases relevantes e inovações que podem inspirar ações no Brasil e no mundo. Também serão discutidas inovações de processos para tornar a gestão de resíduos mais eficiente e eficaz, além da importância do monitoramento de indicadores. Na segunda mesa desse dia, o foco será no aproveitamento energético dos resíduos, uma oportunidade de auxiliar os municípios a alcançarem sustentabilidade econômico-financeira na gestão de resíduos, considerando a geração de energia a partir desses materiais.

PB: Terá um momento de apresentação dos trabalhos acadêmicos de estudantes e pesquisadores. Qual a importância da participação desse público?

Alice Hagge: Durante os três dias de conteúdo, nós teremos painéis apresentados por esses pesquisadores de acordo com o macrotema de cada dia. Então, teremos painéis sobre gestão, painéis sobre economia circular e painéis sobre inovação, clima e ambiente. Essa interação é fundamental para que a gente consiga realmente fazer alguma mudança na sociedade. A gente não pode mais se dar ao luxo de ter uma barreira entre a cidade e a universidade. Essas barreiras têm que ser derrotadas. A gente não pode mais ter barreiras entre a sociedade civil, a iniciativa privada e o poder público. Esse é um problema de todos. Então, nesse Congresso, estamos propondo justamente unir esforços, academia, sociedade civil, iniciativa privada e poder público, para discutirmos o que precisamos fazer nos próximos sete anos.

PB: Qual é a importância da conexão entre instituições públicas e privadas para lidar com os desafios dos resíduos sólidos, conforme destacado no evento?

Alice Hagge: Esse tema da economia circular é muito caro para a gente, porque realmente não tem como você falar em gestão de resíduos sem você repensar, por exemplo, a produção e os padrões de consumo. Os resíduos não se geram sozinhos. Precisamos que os produtos sejam elaborados de forma a pensar esse regresso do pós-consumo para as cadeias, porque se não temos uma série de produtos que vão para o mercado, mas que não conseguem ser reciclados, por exemplo. É aquela diferença que a gente costuma dizer entre reciclável e reciclado.

Muitas vezes, o material é reciclável, mas o produto é feito de uma forma que não há viabilidade financeira para reciclar aquele produto, seja porque ele é muito volumoso ou porque ele é uma mistura de vários materiais. Enfim, uma série de questões que a gente precisa pensar desde o início. E é essa mudança de paradigma que vai fazer com que a gestão realmente saia do papel e que mude a vida da sociedade. O nosso tempo está correndo, a gente hoje já fala da agenda 2030 com uma proximidade muito maior. Então, temos um deadline de 7 anos para fazermos as mudanças que estão propostas nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. E como fazer isso? Precisamos discutir de uma forma mais ampla com diversos parceiros e é isso que buscamos com a realização do CIRS Búzios.

O CIRS Búzios promete ser um marco na busca por soluções sustentáveis para os resíduos sólidos, envolvendo atores dos setores público e privado, bem como a comunidade acadêmica. O evento se apresenta como uma oportunidade única para troca de conhecimento, experiências e ideias, com o objetivo de construir um futuro mais limpo e saudável para todos.

Para mais informações sobre o CIRS Búzios e como participar deste importante congresso, visite o site oficial do evento clicando aqui.

Noticiário das Caravelas

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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