Mensagem informa apoio às decisões das autoridades competentes em prol da segurança de todos
Em carta aberta emitida no último dia 13, entidades de Búzios ligadas aos setores hoteleiro e comercial, informam aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, assim como aos empresários e representantes de atividades de turismo e à sociedade em geral, sua posição frente a pandemia de Covid-19.
Assinado pela Associação de Hotéis de Búzios, Búzios Convention & Visitors Bureau, Associação de Pousadas de Búzios, Associação Comercial e Empresarial de Búzios e Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, o documento afirma que o grupo segue os princípios da responsabilidade e segurança na operação de seus serviços e portanto vai apoiar as decisões das autoridades competentes, aguardando o tempo necessário para o retorno das atividades.
De acordo com Thomas Weber, presidente do SindSol, a carta vem consolidar a posição do grupo, para tirar a pressão sobre a ideia de reabertura imediata. Ele diz que a decisão veio após diversas reuniões com representantes do Legislativo, Executivo e Judiciário, além de empresários em geral.
– Não temos conhecimentos médicos, científicos ou jurídicos para tomarmos a decisão de solicitar a reabertura física dos estabelecimentos nesse momento. Temos um decreto de fechamento do município seguido de processo impetrado pela Comarca de Búzios exigindo uma série de providências do Executivo para que que se possa falar em flexibilização. Nem sabemos em que estágio da pandemia estamos, se estamos próximos do pico, não sabemos. Na Europa, na Ásia, perto aqui no interior de São Paulo, locais que estavam reabrindo tiveram que recuar novamente porque aumentaram o número de casos. Temos que ter atenção, cautela e responsabilidade – diz Thomas.
Thomas destaca que a situação econômica é extremamente preocupante para todos os empresários do setor de turismo, e entidades aguardam a sanção do presidente da República para a medida provisória 936, aprovada nesta terça-feira (16) pelo Senado. A MP 936 garante a suspensão do contrato de trabalho e redução de salário e de jornada durante a pandemia do coronavírus, permitindo que empresas mantenham o pagamento de seus funcionários através de auxílio do governo federal. A ideia é que o benefício seja pago por pelo menos mais dois meses, podendo ser estendido.
– A MP 936 que garante os salários e a MP 948, que trata da relação de consumo durante a pandemia, garantindo o direito ao reagendamento, carta de crédito ou mesmo reembolso para reservas e eventos previamente marcados e que não puderam acontecer em razão do isolamento social, são as medidas provisórias que embasam o setor de turismo, e têm nos ajudado muito – explica.
Thomas reconhece que existe uma grande pressão de diversos setores da economia buziana, para que se promova a reabertura imediata da cidade, mas afirma que no momento, este retorno só seria benéfico para donos de pequenos comércios e meios de hospedagem sem grandes custos com pessoal.
– A maior pressão para o retorno das atividades vem dos pequenos comerciantes que trabalham voltados para o consumo local e regional. Estabelecimentos hoteleiros que esperam um público de fora e necessitam de 0,5 a 1,2 funcionários por apartamento, para funcionar, não têm como abrir agora. Não temos conexão aérea, provavelmente as pessoas não terão férias este ano, e a maioria está sem recursos e sem confiança para viajar. Abrir para quem nesse momento? – finaliza Thomas.