A empresa UTC Engenharia, residente em Macaé, teria demitido diversos trabalhadores, que foram pegos de surpresa nessa semana. O processo de demissão em massa realizado pela empresa, segundo os próprios funcionários, seria mais de mil pessoas demitidas por telegrama e circulava a informação de que mais empregados lotados em Macaé iriam para a rua.
Nessa última segunda-feira (10), os trabalhadores realizaram um movimento na porta da Petrobrás contra essas demissões. De acordo com a nota divulgada pela empresa, a Petrobras não decidiu aditar os contratos de manutenção offshore, interrompendo assim as atividades dos contratos que atendem as plataformas P18, P19, P20, P26, P33, P35, P37, P50, P52, P54, P55 e P62, localizadas na Bacia de Campos.
Mesmo não representando os trabalhadores da UTC, a diretoria do Sindipetro-NF se solidariza a esses trabalhadores e procurou a Petrobrás para obter mais informações sobre a as demissões.
De acordo com o Tezeu Bezerra, Coordenador do Sindipetro-NF, a empresa estatal informou que a UTC teve uma perda judicial para a Companhia, mesmo assim, a UTC procurou a empresa para ajudar com problemas de fluxo de caixa. A Petrobrás também informou que fez o pagamento do mês de julho antecipado no dia 5, após pedidos da UTC para pagamento dos salários atrasados.
A Petrobras afirmou ao Sindpetro que não tem a informação de quantas pessoas serão demitidas e que não tem 4 mil trabalhadores nos contratos dela. O Sindipetro-NF, através do diretor Tadeu Porto, acompanha os desdobramentos da notícia de que centenas de empregados da empresa UTC estão sendo demitidos em Macaé. “A entidade não irá se furtar de ajudar os trabalhadores e está à disposição dos empregados da UTC, para contribuir no enfrentamento a este momento crítico na vida de qualquer trabalhador ou trabalhadora” – afirma Porto.
O diretor lembra que há uma cláusula no Acordo Coletivo dos Trabalhadores da Petrobrás 2015/17, de número 175, que garante apoio a esses trabalhadores demitidos, através do Fundo Garantidor. “Essa cláusula constrói um tipo de política de proteção aos terceirizados. Vamos fazer um debate com a Petrobrás no sentido de ajudar o pessoal da UTC” – comenta.