Uma empresa chamada de Aloha Formandos cancelou, em cima da hora, a formatura de diversos alunos de faculdades públicas e privadas do Rio de Janeiro, uma delas em Macaé, a Faculdade Miguel Ângelo da Silva Santos (FeMASS). Em Macaé, 24 alunos foram lesados por conta de um aluguel de um salão de festa no bairro Virgem Santa.
No Rio de Janeiro, mais de 100 formandos pagaram pela formatura na casa de festas Ribalta, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, mas quando chegaram no local do evento, neste sábado (20), descobriram que a festa tinha sido cancelada. O evento aconteceria, mas a empresa desapareceu.
A formanda Alessandra Dias diz que 140 estudantes de sete universidades pagaram entre R$ 2.800 a R$ 3.500 pela festa. E que, ao chegar ao local do evento, as portas estavam fechadas. Além da frustração, prejuízo. Alessandra alugou vestido para a festa e quando desceu do carro na porta da Ribalta soube do cancelamento do evento.
“Chegamos cedo para ver a arrumação das mesas, locais para os professores, tudo e quando desci do carro, por volta das 21h40, soube do cancelamento da festa. Outros colegas ainda tiveram prejuízo maior com parentes que vieram de outros estados”, disse a estudante.
O caso foi parar na 16ª DP (Barra da Tijuca). Até agora nenhum dos estudantes conseguiu contato com a empresa Aloha Formandos. Os responsáveis pelo espaço disseram aos alunos, que a Aloha Formandos não cumpriu os contratos com os fornecedores e ligou para eles às 19h, dizendo que o evento marcado para às 22h tinha sido cancelado.
Calote também em Macaé
Já em Macaé, os 24 formandos dos cursos de Administração e Engenharia de Produção teriam alugado através da Aloha Formandos o espaço Chandelier, localizado na Virgem Santa, em Macaé, mas nenhum representante da empresa compareceu ao local no sábado (20). Por meio de um arquivo de texto enviado através de um grupo de whatsApp criado pela empresa, o dono da Aloha, Rodrigo Anjos, avisou a um dos representantes de turma que eles não teriam a tão esperada formatura.
A festa cancelada foi quitada pelos 24 alunos das duas turmas, que desembolsaram R$ 4 mil cada, divididos em prestações pagas desde 2016. A expectativa era que o evento reunisse cerca de 400 pessoas, entre familiares e amigos dos formandos. Ao todo, a Aloha, que também utiliza outro CNPJ como o nome fantasia “Boom”, arrecadou cerca de R$ 100 mil para a realização do evento que não aconteceu.
Os alunos já procuraram a Polícia Civil para prestar queixa, mas irão registrar a ocorrência nesta segunda-feira (22), pois a 123ª Delegacia Policial de Macaé (123ª DP), só registra flagrantes durante este fim de semana.
“A data da realização de um sonho que foi jogada no ralo pela Aloha Formandos. Eu, como membro da comissão de formatura, organizando com tanto carinho a festa para meus amigos, pensando em casa detalhe, não tenho palavras para descrever a irresponsabilidade que esse bando de ladrões lidou com nosso sonho. Há dois anos pagando esta empresa, e, observamos alguns “pontos de melhoria”, principalmente na comunicação com os clientes. Sobrevivemos aos contratempos de ter tido sete atendentes e a troca de decorador na semana anterior ao evento. Lidando com nossa ansiedade e expectativas com a chegada do grande dia, até que, no dia do evento não conseguíamos contato mais com a empresa, uma colega da comissão esteve no local e se espantou com a falta do mobiliário e os funcionários do buffet aguardando os itens necessários para começar os trabalhos, o desespero aumentava à medida que a falta de retorno da empresa ocorria. Ninguém atendia nossas ligações, o responsável pelo local manifestando grande preocupação em relação ao tempo que faltava pra o baile e só tínhamos 25 arranjos de flores no local. Recebemos um áudio avisando que a empresa estava a caminho e em pouco tempo estariam no local e depois o arquivo de texto informando o cancelamento da festa. A reunião da turma ocorreu então em outro lugar: delegacia. Agora é agir para que os responsáveis sofram as consequências. Não ralamos 5 anos na faculdade para isso! Segue o baile! Segue o baile porque ocorrerá outro! Agora é honra! Vamos, comissão! “Sonho que se sonha só é só um sonho, mas sonho que se sonha junto é realidade!”, pontuou Isabel Gomes, formanda de Engenharia de Produção.
Mobilização nas redes sociais
Nas redes sociais, a página da Aloha Formandos tem vários comentários de pessoas indignadas com o cancelamento da festa e até pessoas que não receberam o pagamento pelos serviços prestados a empresa e também em solidariedade ao caso vivido pelos jovens.
“Eles não perdem por esperar… nunca vi um canalha se dar bem na vida o tempo todo… hj eles decepcionaram a muito! Alunos que sonharam com esse momento, e eles jogaram tudo na lata do lixo. Só quê plantar é uma opção… agora colher, sem dúvida é uma obrigação. Peço ao meu Deus que tenha de misericórdia de cada formando.”, desejou um internauta.
Outro usuário comentou: “Falta de respeito! Um sonho que virou pesadelo na vida de todos os familiares e amigos.”
*Informações: G1 Região dos Lagos e Clique Diário