O Ministério Público do Rio de Janeiro, por meio do GAECO (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado), com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência, realizaram nessa terça-feira (23), em Casimiro de Abreu, a Operação “Non Olet”, para cumprir mandados de busca e apreensão em endereços ligados a fiscais municipais e uma contadora, investigados por envolvimento em organização criminosa voltada à cobrança de propina de empresários.
Segundo o Ministério Público estadual, os fiscais municipais investigados utilizavam-se do acesso aos dados do Simples Nacional para a cobrança irregular de tributos municipais e posterior extorsão dos comerciantes. Ainda segundo as investigações, foram obtidos e juntados aos autos, documentos e comprovantes que confirmaram as suspeitas de cobrança de propina por parte dos fiscais, através da intermediação de uma contadora já identificada, como transferências bancárias das contas da contadora para as contas correntes de um dos fiscais e sua esposa.
Além dos endereços residenciais dos fiscais e da contadora, estão sendo cumpridos mandados de busca no escritório de contabilidade e no departamento de ISS de Casimiro de Abreu.
Durante a operação, foram apreendidos celulares, computadores, mídias e documentos relacionados à investigação, que segue em andamento.
Em nota, a Prefeitura de Casimiro de Abreu informou que a ação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), realizou nesta terça-feira, 23, em Casimiro de Abreu, a Operação “Non Olet”, para cumprir mandados de busca e apreensão em endereços ligados a fiscais municipais e uma contadora da cidade, é baseada em denúncias recebidas por um escritório privado de contabilidade do município, sobre supostas práticas de sonegação fiscal e extorsão a empresários locais. Mediante a apresentação de provas prestadas, a Prefeitura Municipal de Casimiro de Abreu apresentou a denúncia ao Ministério Público, disponibilizando-se para apurar os fatos, através da abertura de um Inquérito Administrativo. A Prefeitura repudia e não aprova as ações acusadas e se coloca à disposição da Justiça para o que for necessário.
Na nota, a prefeitura reitera a confiança nos servidores municipais, entendendo que os fatos apurados não refletem o comportamento de todos os servidores municipais. Se comprovados os fatos, deverão ser considerados isolados e incompatíveis com o servidor público.
Foto: Simples Nacional/Reprodução