O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulgou o primeiro boletim do balanço parcial das eleições deste domingo. Até as 9h30, 401 urnas eletrônicas precisaram ser substituídas. Em nenhuma seção, no entanto, foi necessário o uso do voto manual. Ao todo, mais de 470 mil urnas estão sendo usadas nas eleições de 2022, de acordo com o TSE.
Como qualquer equipamento eletrônico, as urnas também podem apresentar problemas na hora da votação. Neste caso, o TSE estabelece alguns protocolos para sanar a situação:
Reiniciar a urna eletrônica: em caso de problemas, segundo o TSE, basta o presidente da mesa, na frente de todos os fiscais, reiniciar o equipamento. De acordo com o Tribunal, as informações contidas nos cartões de memória, como os votos computados, não sofrem alteração por causa deste procedimento;
Substituição do cartão de memória externo: caso o problema persista, o TSE indica que o cartão de memória externo seja substituído. O Tribunal deixa alguns equipamentos de contingência justamente para serem usados em caso de falhas. O cartão externo funciona como backup do interno. Caso esse procedimento seja feito, o presidente da mesa desliga a urna eletrônica e faz a substituição do cartão. Quando for ligada, a urna detecta a troca do cartão de memória e copia o conteúdo do cartão interno para o externo. Assim, a eleição continua da mesma forma. O cartão com problema é lacrado e remetido a um local especificado pela Justiça Eleitoral onde estará disponível para ser analisado e passar por alguma auditoria.
Substituição de urna: caso a troca do cartão de memória não seja suficiente, a urna eletrônica poderá ser trocada. O TSE deixa alguns equipamentos de reserva justamente para casos como esse. Ao substituir a urna, o novo equipamento recebe o cartão de memória externo daquela que deu problema. Quando a urna é ligada, o cartão externo envia para o interno as informações, sem risco de perda de qualquer informação, como os votos computados pelos eleitores. Na eleição de 2020, 3.381 mil urnas apresentaram problemas e tiveram que ser substituídas, segundo o TSE.
Nos casos de queda de luz em alguma seção dos 5.570 municípios do país, isso não afetará o registro dos votos. As urnas eletrônicas contam com bateria para aguentar até 12 horas de funcionamento. Ou seja, um prazo maior do que o período total de votação. Mesmo com esse recurso, as operadoras de energia de cada estado se reuniram com os TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) para traçar medidas para evitar quedas de energia no dia da votação. Em caso de falta de luz, elas poderão prestar uma rápida assistência para sanar os problemas.