Conteúdo ganhará formato impresso e e-book em 2021. O trabalho tem como objetivo descrever ações pedagógicas vivenciadas pelas educadoras
Com a pandemia do novo coronavírus, o ensino à distância (EaD) se tornou um meio para que os estudantes que tiveram o ensino presencial suspenso, não perdessem o ano letivo. Em Macaé, duas professoras tomaram iniciativas que se transformaram em um artigo para auxiliar outros educadores.
Diullia Graziela de Souza Soares, professora regente na Escola Municipal de Educação Infantil Wanderley Quintino Teixeira, que fica localizada no bairro Malvinas, em parceria com a amiga Leone Rangel Rosa de Oliveira, também educadora atuante em Macaé, foram as responsáveis pelo artigo científico intitulado “Atuação docente em tempos de pandemia: Um relato de experiência sobre a interatividade e construção do conhecimento de crianças bem pequenas através das TDIC’s”.
O artigo tem como objetivo descrever ações pedagógicas vivenciadas na escola em que as profissionais atuam. Juntas, as educadoras criaram e enviaram um relato de experiência para o Encontro Nacional Movimentos Docentes, que aconteceu nos dias 15 e 16 de outubro.
Após o encontro, elas receberam o convite da organização do evento para enviarem um resumo do trabalho para que fosse feita a tentativa de incorpora-lo ao livro “Educação a Distância e Ensino Remoto: Multifacetas e realidades das práticas docentes”. Este livro é dividido em partes. O capítulo em que o texto de Diullia e Leone foi aprovado, será o primeiro da Coleção “EaD e Ensino Remoto”, que será composta por 4 livros organizados pela Profa. Dra. Rita Borges, em conjunto com outros profissionais, editado e publicado pela V&V Editora.
De acordo com elas, livros são vendidos apenas em pré-venda. Após ser publicado, a versão digital, em e-book, ficará disponível gratuitamente na Comunidade Movimentos Docentes e também no site da V&V. Elas contam que o Encontro Nacional de Movimentos Docentes e a V&V Editora têm como objetivo a divulgação ampla de boas práticas pedagógicas e projetos de sucesso realizados na educação, levando em conta a importância de manter e aumentar investimentos desde a raiz, na educação infantil, ao ensino técnico e superior.
“E nós, Diullia e Leone, nos sentimos honradas em colaborar para pesquisas e ações pedagógicas que sensibilizam toda a comunidade escolar em um tempo de incertezas, dificuldades, reinvenções e superação. Vivenciamos o inesperado acreditando que ao olhar o horizonte podemos contribuir e “afetar” outras vidas”.
Sobre o projeto
De acordo com elas, as ações tiveram início no contexto escolar e continuaram durante a Pandemia da Covid-19. Segundo as educadoras, foi pensando no trabalho da educação infantil pautada nas brincadeiras e interações, que foram desenvolvidas estratégias pedagógicas que evidenciassem as curiosidades das crianças.
“Inicialmente foi utilizada a planilha de escuta a partir do interesse pela aranha. Com a necessidade da educação remota, as tecnologias digitais de informação e comunicação se tornaram indispensáveis para a manutenção de vínculos afetivos e sociais, através de grupo no Whatsapp, Blog “Educação não para” e perfil institucional no Instagram e Facebook”, contaram elas.
As educadoras contam também que interação aconteceu através de chamadas de vídeo, áudios, fotos e vídeos. Além da entrega mensal de Kits pedagógicos e estratégia para alcançar inclusive as famílias que não tinham acesso à Internet. Assim, segundos elas, foi possível resgatar memórias do que as crianças experienciaram no ambiente escolar e levar de novas experiências para dentro da casa dos alunos.
“A interação e participação das famílias neste contexto de educação remota se tornou imprescindível possibilitando a acolhida das propostas pedagógicas, sendo coparticipe no processo de aprendizagens significativas e legitimação da criança como sujeito de direitos e produtora de cultura. A atuação docente permaneceu indispensável, sendo mediadora, ocorrendo de forma sensível e atentando ao contexto sociocultural das crianças, para que, as carências e interesses delas sejam valorizados, viabilizando a construção de conhecimentos”, afirmam elas.
A publicação dos Anais e Caderno de resumos sairá ainda em novembro. O material será publicado em formato digital e distribuído gratuitamente.