Lançamento em profundidade
Rafael Alvarenga
Eu queria ver o jogo, mas o quintal me prendia nesse e naquele afazer. Arrancar ervas daninhas, podar o capim limão, cuidar das roseiras. Bem, como Vasco X Ceará era jogo importante, já que decidiria sobre o acesso (ou não) do cruzmaltino para a 1ª Divisão do campeonato brasileiro de futebol em 2017, daria para acompanhar o resultado do jogo pelos fogos. É que em jogos importantes pipocam fogos de artifício quando um clube grande do Rio de Janeiro faz gol.
17h30min. Começa o jogo. Estou envolvido com as tarefas de jardinagem e nada de explosões. Nem um estampido sequer. 30 minutos. 40 minutos. 50 minutos. Quando uma torcida inteira faz um silêncio sepulcral é porque as coisas vão mal. Ceará 1 X 0.
Começa o segundo tempo. E os fogos estouram. Pipocam. Estrondam. O Vasco vira o jogo que termina 2 X 1. Mas, ao fim da partida, não há fogos. O torcedor comemorou o gol. Porque gol há que se comemorar. Porém não vibrou com o acesso na 3ª colocação. Não vibrou com o time que tem. E por isso, aplaudiu e vaiou, embora beijasse com amor a cruz de malta.
Pé direito
Surgiu hoje, depois de 22 anos, o alviverde imponente. O torcedor palmeirense lotou o Allianz Parque, vestiu as arquibancadas de verde e viu o Palmeiras pisar no gramado para seu jogo mais difícil. Pois colocar as duas mãos na taça e enfim erguê-la gritando “É Campeão!”, marca um jogo mais nervoso que todo campeonato disputado.
Em campo o Palmeiras sequer parecia ter adversário. A Chapecoense, também alviverde, parecia ter se envolvida pelo clima. Não havia mais o que retardar. O Palmeiras é o Campeão Brasileiro de 2016.