A disputa eleitoral para presidência do Brasil vai se aproximando da reta final e as discussões sobre o chamado voto útil se intensificam com a pressão direcionadas aos candidatos Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil). Artistas e lideranças da América Latina se posicionam pela desistência do candidato do PDT em favor do candidato do Partido dos Trabalhadores, Luis Inácio Lula da Silva, primeiro colocados nas pesquisas. A intenção é definir o pleito já no primeiro turno.
O vídeo, gravado por artistas e que viralizou na internet, e uma carta aberta assinada por influenciadores acadêmicos e políticos da América Latina, aumentou a temperatura das discussões. O bordão “Vira Voto”é cantando por muitas personalidades, transforma o símbolo do presidente Bolsonaro, uma arma com os dedos polegar e indicativo, em um L de Lula.
Além disso, assinam o pedido para que Ciro retire a candidatura nomes como o do argentino e ganhador do Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel, do ex-presidente do Equador Rafael Correa, da senadora colombiana Piedad Córdoba, do deputado venezuelano Juan Eduardo Romero e do ex-ministro boliviano Juan Ramón Taborga.
Ciro reagiu aos pedidos com ofensas aos eleitores do ex-presidente e disse em sabatina promovida pelo jornal O Estado de S. Paulo, que Caetano Veloso e Tico Santa Cruz, dois dos mais conhecidos “ciristas” que declararam apoio a Lula, “são boas pessoas, mas que estão com a vida ganha”. O pdestista ainda afirmou que o PT estimula o que chamou de “fascismo de esquerda”.
Já Tebet considerou a campanha do voto útil um “desrespeito” com a democracia, mas reconheceu que Lula e o PT tem “o direito de tentar” virar votos dos adversários.