Búzios 3 de maio de 2020
Sempre fui uma pessoa de posições claras. Gosto de opinar sobre o que me afeta, mas procuro defender teses que possa dominar. Detesto gente que defende posições com achismo. Os piores são aqueles que na tentativa de dar peso e garantias as afirmações usam e abusam de porcentagens ou de falsas citações literárias.
Também tenho certa ojeriza por quem começa uma conversa com um “ouvi dizer”, “me disseram” ou, “ouvi falar”. Não dá para discutir assunto sério com gente assim.
Nesse momento de pandemia alguns amigos e conhecidos ousam me perguntar como ficará a cidade, o Brasil e o mundo depois do Corona. Eles acreditam que eu tenha alguma resposta. Qual e o quê! Não sei, ninguém sabe.
A pergunta que mais escuto é: quando a cidade vai abrir?
Sempre me parece uma pergunta retórica, afinal de quê adianta a cidade abrir, de quê adiante pousadas, bares e restaurantes abrirem suas portas se nenhum turista virá passear em nossa cidade?
Ao menos para a parte da cidade que vive exclusivamente do turismo, a mudança não se dará se o prefeito findar a quarentena e abrir. Para a cidade a mudança virá de fora pra dentro. Quando o fluxo turístico voltar hotéis e pousadas abrirão suas portas, bares e restaurantes idem.
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