A necessidade de buscar novas fontes de renda fez com que muitas delas se arriscassem no meio empreendedor
Após ter ficado desempregada e sem renda nenhuma, Juliana Gomes da Silva, 27 anos, que é mulher chefe de família e moradora do Morro de Santana em Macaé, usou do talento culinário para comercializar e ampliar o cardápio de bolos. A empresária teve apoio de redes de ajuda como o Unamama e pode se desenvolver neste meio empreendedor.
Sua história se une a cerca de 71% das mulheres empreendedoras que precisaram inovar para manter a venda dos produtos durante a pandemia. Os dados são da Pesquisa de Impacto da Pandemia nos Pequenos Negócios, realizada pelo Serviço de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O levantamento aponta ainda que houve um crescimento também de cerca de 48,7% das mulheres que decidiram buscar novas fontes de renda e ser a própria chefe.
Junto a essa nova realidade redes de apoio se formam para que as mulheres empreendedoras não desistam do sonho da independência financeira. Alguns projetos começaram a ser desenvolvidos em Macaé para ajudá-las a se manter e entender esse lado do mercado de trabalho.
A União Macaense Solidária no Combate ao Câncer de Mama (Unamama) e o Sebrae Rio, se uniram para atender de início cerca de 15 mulheres empreendedoras que são assistidas pela instituição e sinalizaram o interesse em receber orientações sobre abertura de empresa MEI e gestão.
Silvia Andréa, analista de negócios do Sebrae Rio, explica que antes de começar um negócio o empreendedor precisa conhecer as exigências, direitos e deveres, como um todo, da atividade que a mulher queira abrir.
“Ter uma noção mínima das características de comportamento que fazem a diferença para um empreendedor de sucesso, conhecer o mercado, principalmente o potencial cliente e seu perfil de consumo e ter seus controles financeiros em dia, são ferramentas que apoiarão a boa gestão minimizando riscos e incertezas”, explica ela.
Para Marilena Garcia, idealizadora da Unamama, as mulheres estão cada vez mais buscando ser protagonistas das próprias vidas. “É com o incentivo dele que as mulheres aumentaram seus rendimentos, gerarão empregos, terão sustentabilidade no mercado e, sobretudo, serão mais independentes”, comenta ela.
Em Macaé, as mulheres podem procurar a Unamama, que fica localizado no Centro Cultural Magdá Garcia, n° 435, loja 202. O funcionamento é às segundas, quartas e sextas, das 10h às 16h. O projeto pode ser contatado também pelo número (22) 9.9992.3283, e pelo e-mail [email protected].
Por: Natalia Nabuco, estagiária sob supervisão da jornalista Monique Gonçalves.