A Prefeitura de Macaé confirmou na manhã deste sábado (11) que há um homem de 43 anos com suspeita de varíola do macaco está internado na cidade. O município aguarda o laudo técnico dos exames realizados pelo laboratório molecular de virologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para fechar o diagnóstico. A previsão é que seja liberado o resultado nesta segunda-feira (13).
Ainda de acordo com a prefeitura, ele não mora na cidade e está internado, desde a última quarta-feira (8), em hospital particular no município, após desembarcar de plataforma de petróleo com sintomas suspeitos da doença, onde teve contato com pessoas de outros países.
Amostras do paciente também estão sendo analisadas pelo Lacen, laboratório da Secretaria Estadual de Saúde. A internação segue como protocolo de isolamento até o fechamento do diagnóstico. A Vigência Epidemiológica de Macaé informa que não há outro caso suspeito em investigação na cidade.
A vigilância estadual está apoiando a vigilância municipal no monitoramento do paciente. Até o momento, não há nenhum caso de Monkeypox confirmado no estado.
Em maio, o CIEVS enviou comunicado de alerta às Secretarias municipais de Saúde orientando quanto à detecção e ao monitoramento de possíveis casos da doença. A medida tem como objetivo garantir que as vigilâncias municipais e estadual sejam notificadas dos possíveis casos e possam fazer o acompanhamento da evolução da doença.
O primeiro caso confirmado no Brasil foi nesta quarta-feira (8) na cidade de São Paulo. O paciente é um homem de 41 anos que viajou à Espanha, segundo país com o maior número de casos da doença.
Sobre varíola do Macaco – Monkeypox
A Monkeypox é uma doença viral, e a transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados. A doença causa erupções que geralmente se desenvolvem pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo, incluindo os órgãos genitais. Os casos recentemente detectados apresentaram uma preponderância de lesões na área genital.
A erupção cutânea passa por diferentes estágios e pode se parecer com varicela ou sífilis, antes de finalmente formar uma crosta, com posterior cicatrização. Quando a crosta desaparece, a pessoa deixa de infectar outras pessoas. O período de incubação é de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.
Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão. Em caso de suspeita da doença, o paciente deve ser isolado até o desaparecimento completo das lesões. O tratamento é baseado em medidas de suporte, com o objetivo de aliviar sintomas, prevenir e tratar complicações e sequelas.