Para organizações LGBTQIA+, este é um dia para conscientização
Nesta segunda-feira (17), faz 31 anos que a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a orientação sexual da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID). Para algumas organizações, a data conhecida como Dia Internacional Contra a LGBTQIA+Fobia não é um dia para comemorações, mas sim para conscientização e reforço de pautas da comunidade.
O Brasil ainda é o país que mais mata homossexuais no mundo. Ainda em 71 países, ser LBTQIA+ é dado como crime, até mesmo com pena de morte. Segundo Jhonathan Oliveira, presidente da ONG Grupo Ostras G Diversidade, o motivo é a ignorância, ódio e fobia. Ele ainda cita o exemplo de Rio das Ostras, que “vive em uma retroativa com índices altos de crimes de LGBTQIA+Fobia”.
Em 13 de junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) enquadrou as condutas transfóbicas e homofóbicas na tipificação da Lei do Racismo, n° 7.716/1989. Os crimes de LGBTQI+fobia são inafiançáveis e com penas equiparadas ao de racismo.
A ONG de Rio das Ostras, neste dia 17, movimentou o dia pelas redes sociais pressionando a Câmara Municipal para colocar em pauta o projeto que indica uma criação da Superintendência de Políticas Públicas LBGT de Rio das Ostras. A movimentação pode ser acompanhada pelo Facebook.
Jhonathan, ainda ressalta a importância da denúncia e informa a população LGBTQIA+ de Rio das Ostras, “nossa diversidade LGBT de Rio das Ostras não está sozinha, nós estamos aqui sempre com nossa ONG para ajudar”. A ONG disponibiliza o número (22) 99655-3331 para contato.
Tiffani Soares, moradora de Búzios, relata à Prensa que, apesar da luta da comunidade, o futuro será de comemorações. “Não podemos perder a oportunidade de sempre lembrar as pessoas de lutarem por espaço, liberdade e respeito. Se um dia lutaram para que a gente pudesse existir, vamos lutar para o futuro ter o que comemorar”, afirma.
Por: Natalia Nabuco, estagiária sob supervisão da jornalista Débora Evelin