Na noite de domingo, os Detonautas fecharam o primeiro final de semana do Festival Claro Verão no Clube Aretê, em Búzios, com uma apresentação cheia de energia e momentos marcantes. A banda, em uma das melhores fases de sua carreira, entregou um repertório que mesclou clássicos como “Quando o Sol Se For” e “O Dia Que Não Terminou” com canções mais recentes e interpretações únicas que roubaram a cena.
As versões de “Minha Alma” (Rappa), “Metamorfose Ambulante” (Raul Seixas) e a surpreendente releitura blues de “Tua Sombra em Meu Caminho”, sucesso sertanejo de Leandro e Leonardo, trouxeram camadas emocionais e autenticidade à performance. Tico Santa Cruz, com sua presença carismática, comandou o público, mantendo a energia alta e a conexão constante.
Mas o show foi mais do que música; foi uma viagem pessoal e afetiva. Tico compartilhou com a plateia uma história que remonta a 23 anos atrás, quando, prestes a se tornar pai, veio a Búzios em busca de emprego. Durante esse período, trabalhou na cidade e cultivou uma relação especial com o grupo Chez Michou, que mantém a creperia, de mesmo nome, que é o point mais tradicional de Búzios, marcando o início de uma ligação profunda com o balneário.
“Em 2000, gravamos um single para o Chez Michou Verão 2000, ao lado de Rapha, Skank e Jota Quest. Foi um momento muito especial para nós, e estar de volta agora, com uma plateia tão conectada, é emocionante”, contou Tico à jornalista Camila Raupp. Ele também revelou que costuma passar os réveillons em Búzios, reforçando sua relação pessoal com a cidade e o carinho que sente por seus moradores e fãs.
A banda mostrou que está renovada, atravessando um momento de alta produtividade e impacto artístico. O Festival Claro Verão, com sua proposta de unir música, esportes, público e o charme de Búzios, provou ser o cenário ideal para essa celebração. “Encerrar esse primeiro fim de semana em um lugar que tem tanto significado para nós faz tudo ser ainda mais especial”, concluiu Tico.
O show não foi apenas uma performance, mas uma homenagem à história do Detonautas e à conexão da banda com o lugar onde tudo começou. Em Búzios, eles não apenas tocaram músicas; eles viveram memórias, criaram novas e reafirmaram o poder do rock em unir gerações.