Durante o período em que o Píer do Centro esteve interditado, visitantes desembarcavam na Armação, o que resultou no aumentando as vendas dos comerciantes locais
Nas últimas semanas, a necessidade da descentralização da parada dos navios em Búzio foi discutida na Câmara Municipal de Búzios. O assunto foi levantado pelo vereador Rafael Aguiar a pedido dos comerciantes da Armação, que buscam recuperar a economia tão prejudicada pela pandemia. Durante o período em que o Píer do Centro estava interditado, foi o da Armação que recebeu os visitantes, fortalecendo o comércio local. Essa descentralização poderia influenciar no crescimento econômico do balneário.
Durante sua fala do plenário, o parlamentar disse que os turistas se concentram apenas nas ruas das Pedras e Turíbio de Farias, centro comercial da cidade, e aponta a existência de inúmeros comércios atrativos também na Armação.
Na sessão da Câmara, de quinta-feira (18), Rafael disse que o secretário de Turismo, Dom de Búzios, já havia enviado um documento ao prefeito Alexandre Martins com essa proposta. A intenção é que os comerciantes aproveitem a alta temporada para ganhar dinheiro e conseguir se manter na baixa temporada.
Segundo a comerciante Jacqueline Gomes, proprietária do restaurante ‘A Peixaria’, que fica localizado próximo ao Píer na Armação, os visitantes que vinham dos navios e das escunas movimentaram bem a economia do bairro.
“As escunas e navios embarcavam e desembarcavam lá (no píer). Foi um tempo produtivo, pois o comércio local ficou bastante ativo. A região da Armação e Ossos é um pouco esquecida e com as atividades no píer da Armação tivemos um grande respiro financeiro”, explica ela.
Segundo a comerciante, o movimento chegou a cair 60% de uma forma inesperada. Com o aviso antecipado da prefeitura, foi possível que os comerciantes se organizassem para a perda do faturamento.
“Sem a movimentação do píer da Armação ficamos à mercê dos que estão de passagem de João Fernandes para outras praias para que turistas percebam que existe vida após o Centro”, comenta ela.
A Prensa entrou em contato com o governo municipal para saber se pretende descentralizar os desembarques, mas até o fechamento da reportagem não houve resposta.