Era uma vez uma mulher fantástica, cuja beleza era tão impressionante que parecia ser de outro mundo. Seus cabelos ficavam expostos ao vento, e sua aura mágica emanava um brilho intenso que envolvia tudo ao seu redor. Ela caminhava com a graça de uma deusa, e ao seu redor, os nós da vida simplesmente se desfaziam, sem que ela precisasse usar as mãos para isso.
As pessoas que a viam desatar os nós ficavam maravilhadas com sua habilidade e sua beleza, e sentiam uma paz profunda que tomava conta de seus corações. As mulheres, em particular, eram profundamente afetadas pela presença da mulher fantástica. Ela as fazia sentir fortes e únicas, capazes de enfrentar qualquer desafio e vencer qualquer obstáculo.
As mulheres que encontravam a mulher fantástica descobriam que eram donas de si, e que podiam pensar por si mesmas. Elas aprendiam a valorizar sua própria singularidade, e se tornavam mais confiantes e corajosas. Com a ajuda da mulher fantástica, elas encontravam a força interior para vencer seus medos e seguir seus sonhos.
Com o tempo, as mulheres que haviam encontrado a mulher fantástica se transformavam completamente. Elas se tornavam líderes, empresárias, artistas, mães e amigas incríveis. Elas inspiravam outras mulheres a serem fortes e independentes, e ajudavam a construir uma sociedade mais justa e igualitária.
A mulher fantástica também era dona de seu próprio corpo e de seus desejos. Ela não tinha vergonha de sua sexualidade e era livre para expressá-la como bem entendesse. Ela era mãe, filha e mulher, e sabia que cada uma dessas facetas de sua personalidade era igualmente importante.
Um grupo de homens não gostava disso, nem um pouco. Armaram um plano. Criaram uma instituição forte e sofisticada, dominada por um poder central, só com homens, para colocar a mulher em um pedestal, cobrir ela de panos. Um sistema sombrio envolvendo crenças, mitos e leis. Escreveram livros sobre o silêncio ser superior à palavra e disseram que o silencio era o dom da mulher. Mentiram que Deus havia colocado a mão sobre um homem que colou a mão sobre outro homem e assim a mágica dele viria de homem em homem até hoje. Inventaram que ela, a mulher, cozinhava sempre bem, que já nascia sabendo cuidar de crianças, e que não se importava de abrir mão de seus desejos e ser levada para lá e para cá, Ah, e ela era sempre virgem, mesmo tendo filhos.
A mulher fantástica agora era uma santa de gesso, que só se podia ver seu rosto triste. Mas há um quadro mágico, no pátio de uma igreja como outra qualquer, em uma cidadezinha ensolarada, que, mesmo os homens não gostando, mostra que ela, a mulher, continua a caminhar pelo mundo, espalhando sua aura mágica e desatando os nós da vida das pessoas que encontra pelo caminho.
Os homens não conseguem destruir o quadro, ele é protegido pela mágica, então colocaram uma estátua da mulher coberta ao lado, para distrair. Mas quando outras mulheres se demoram por mais tempo com o olhar fixo no quadro que retrata a mulher fantástica, descobrem que ela amou e se machucou como qualquer outra mulher, e que nunca aceitava que os homens lhe dissessem o que fazer ou como agir. Ela é uma força avançando como a aurora e temível como um exército em ordem de batalha, e que Deus manifestou nela o poder de seu braço, que solta cabelos, rompe cadeias. Entende que Deus não cabe dentro de um templo de pedra, está souto no vento e é de quem pegar.