Como divulgado pelo Prensa de Babel há alguns meses, a Alerj aprovou a CPI do Hospital da Mulher de Cabo Frio de autoria da deputada Renata Souza (PSOL) e nesta segunda-feira (1) os membros da Comissão fizeram a primeira visita técnica à unidade de saúde. Foram até o loca apurar as denúncias de irregularidades e mortes de, pelo menos, nove bebês nos últimos meses.
A CPI é formada pelas deputadas estaduais Renata Souza, como presidente; Martha Rocha, vice-presidente; e a relatora Enfermeira Rejane; além dos deputados Sub Tenente Mauro Bernardo, Max Lemos, Dr. Serginho e Renan Ferreirinha, como integrantes efetivos.
A deputada Renata Souza afirmou que precisa que os prontuários estejam acessíveis à CPI, para que possam apurar em que condições os bebês vieram à óbito, as mães tiveram o pré-natal realizado e acompanhamento do hospital, além da expectativa de encontrar a unidade em condições de atendimento, de limpeza e dos profissionais que atuam no Hospital da Mulher. Ao RC24h, a deputada completou dizendo que “queremos que o diálogo esteja aberto com a direção do hospital, para chegarmos a um caminho importante para dar um resultado para as famílias que perderam os filhos”, disse.
Nesta terça-feira (2), os diretores do hospital, dr. Paul Dryer e Lívia Natividade, irão prestar depoimento sobre o caso. “Sem dúvida faremos oitivas. Pretendemos desmembrar o que é a saúde pública em Cabo Frio. Precisamos fortalecer o SUS e fazer com que o sistema funcione gratuitamente e com qualidade”, concluiu Renata.
A imprensa foi proibida de acompanhar a visita técnica por dentro do Hospital. Conforme a deputada Renata Souza, a diretora administrativa da unidade hospitalar Lívia Natividade, faz uma explanação das questões e um panorama do hospital e, em seguida, os deputados fazem perguntas sobre o funcionamento em geral.
A vereadora Leticia Jotta, vice-presidente da CPI do Hospital da Mulher instaurada pela Câmara dos Vereadores de Cabo Frio, participou do início da visita e questionou uma declaração da diretora, que alegou que não havia um protocolo de atividades do hospital.
“Tanto no SUS, quanto particular, existe um livro onde damos entrada, assumimos plantão, é uma regra. Não tem como não existir protocolo. Vamos ter que investigar a fundo. Ao meu ver, em qualquer hospital, isso é lei”, alegou a vereadora.