Eles foram impedidos de embarcar devido ao mau tempo e denunciam empresa de manter grupo aglomerado e sem infraestrutura
As fortes chuvas desta terça-feira (22) geraram uma série de denúncias por parte dos trabalhadores da Petrobrás, que deveriam embarcar para as plataformas de petróleo. Após saírem de Macaé por volta das 3h em ônibus da empresa com destino ao heliporto do Farol de São Tomé, petroleiros denunciam terem sido impedidos de se alimentar enquanto aguardavam a permissão de voo.
Com quase 60% dos voos transferidos por conta das péssimas condições meteorológicas, ele aguardaram por horas até que os voos fossem autorizados. Com isso, muitos petroleiros permaneceram por cerca de 17 horas sem se alimentar.
De acordo com o Sindipetro-NF, a prática é absurda e recorrente na empresa, conforme relata o coordenador geral do sindicato, Tezeu Bezerra.
“No heliporto do Farol não existe estrutura de lanchonete e as pessoas tiveram que ficar dentro do ônibus, utilizando um banheiro sem descarga. Só depois de muita reclamação e após passarem a manhã inteira dentro do ônibus, eles foram autorizados a usar o banheiro do heliporto, mas permaneceram sem comer. Do lado de fora do heliporto tem uma kombi de lanches, mas a empresa não autorizou os trabalhadores a comerem lá, por causa dos protocolos de segurança em relação à pandemia. Então as pessoas tinham tomado café da manhã às três da madrugada e só conseguiram comer novamente ao final do dia, por volta das 20h”, conta.
Para Tezeu, o fato mostra a falta de infraestrutura e organização da empresa, que acaba expondo os funcionários a situações inaceitáveis como esta, toda vez em que os voos atrasam devido ao mau tempo.
O coordenador destaca que o sindicato já está preparando denúncia para o Ministério Público do Trabalho, e processo contra os gestores da Petrobrás, responsáveis por este tipo de prática.