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Dentista e estudante de medicina são vítimas de ataque racista em Macaé

O caso ocorreu em um quiosque próximo ao Hotel Bellatrix, na Orla do Pecado.
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No último domingo (16), um caso de racismo aconteceu em Macaé, na Região Norte Fluminense do estado do Rio de Janeiro. O crime ocorreu em um quiosque próximo ao hotel Bellatrix, na Orla do Pecado, e as vítimas foram duas jovens negras: uma formada em odontologia e outra estudante de medicina. As duas estavam em momento de lazer quando foram surpreendidas pelo ato de violência.

Em um post no Twitter, a cirurgiã dentista vítima do crime compartilhou: “ Tentei entrar num quiosque e fui enxotada pelo dono, que me chamou de neguinha e mandou eu voltar para o meu lugar, porque eu não sou daqui”. Ela contou também que seu dia, que era para ser de descanso, terminou na delegacia com o “homem” sendo preso em flagrante. Porém, mais tarde, em outra postagem feita em seu perfil no Instagram, a estudante contou que o responsável pelo ato havia sido solto mediante pagamento de fiança e abriu seu estabelecimento normalmente no dia seguinte, segunda-feira (17).

O caso gerou repercussão na cidade e nas redes e o coletivo macaense “Coisa de Preto”, que tem como intuito trazer conteúdos da cultura negra e promover educação política, promoveu um ato de protesto. O evento foi pacífico, ocorreu em frente ao Hotel Bellatrix e contou com cerca de trinta cidadãos, que seguraram cartazes com frases como “Racistas não passarão”, “Não vamos tolerar” e “Pecado é o seu racismo”. O ato também teve a presença de Iza Vicente, advogada e vereadora em Macaé pelo partido REDE, e do advogado Emanuel Pinheiro, que testemunhou e prestou assessoria jurídica no ato da violência.

Em entrevista à Prensa, Iza contou que, como vereadora, cidadã e defensora dos direitos humanos, vê que o racismo ainda é presente e é necessário discutir formas de construir uma sociedade antirracista, “porque não basta só não ser racista, tem que ser antirracista, como já dizia uma grande escritora negra”. A vereadora pontuou também sobre a importância da busca por mecanismos que de fato punam os responsáveis pelo racismo. “Essa pessoa em questão foi indiciada por injúria racial e, mesmo preso em flagrante, foi liberada após pagamento de fiança, qual é o recado que a gente dá para a população negra quando uma pessoa racista, após pagar dois salários-mínimos, já está livre novamente? ”, disse.

A vereadora explica que é necessário promover uma discussão no âmbito nacional para buscar menos impunidade nos atos individuais de racismo e, junto a isso, “discutir um modelo de sociedade em que pessoas negras tenham protagonismo e não sejam discriminadas. A vereadora já tomou medidas para que o caso seja tratado pelo Poder Público. “Nós já apresentamos um requerimento à prefeitura pedindo a revogação da concessão do quiosque para essa pessoa, porque se um indivíduo não sabe atender bem uma pessoa negra, ela não tem a mínima condição de estar ocupando o espaço público para ter ganho econômico”, esclareceu. A vereadora participará hoje de uma sessão na câmara para conversar sobre o caso.

Em nota, a Prefeitura de Macaé disse que, diante do caso de racismo ocorrido no último domingo (16), já determinou à Procuradoria Geral do Município e à Secretaria Municipal de Promoção à Igualdade Racial que medidas administrativas e judiciais sejam tomadas diante da grave agressão. “A Prefeitura reafirma seu repúdio a toda forma de racismo ou preconceito e que não deixará de se posicionar e agir neste e em outros casos”, esclareceu.

O coletivo “Coisa de Preto” está organizando um outro ato de protesto para o fim de semana.

Dentista e estudante de medicina são vítimas de ataque racista em Macaé

O caso ocorreu em um quiosque próximo ao Hotel Bellatrix, na Orla do Pecado.
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No último domingo (16), um caso de racismo aconteceu em Macaé, na Região Norte Fluminense do estado do Rio de Janeiro. O crime ocorreu em um quiosque próximo ao hotel Bellatrix, na Orla do Pecado, e as vítimas foram duas jovens negras: uma formada em odontologia e outra estudante de medicina. As duas estavam em momento de lazer quando foram surpreendidas pelo ato de violência.

Em um post no Twitter, a cirurgiã dentista vítima do crime compartilhou: “ Tentei entrar num quiosque e fui enxotada pelo dono, que me chamou de neguinha e mandou eu voltar para o meu lugar, porque eu não sou daqui”. Ela contou também que seu dia, que era para ser de descanso, terminou na delegacia com o “homem” sendo preso em flagrante. Porém, mais tarde, em outra postagem feita em seu perfil no Instagram, a estudante contou que o responsável pelo ato havia sido solto mediante pagamento de fiança e abriu seu estabelecimento normalmente no dia seguinte, segunda-feira (17).

O caso gerou repercussão na cidade e nas redes e o coletivo macaense “Coisa de Preto”, que tem como intuito trazer conteúdos da cultura negra e promover educação política, promoveu um ato de protesto. O evento foi pacífico, ocorreu em frente ao Hotel Bellatrix e contou com cerca de trinta cidadãos, que seguraram cartazes com frases como “Racistas não passarão”, “Não vamos tolerar” e “Pecado é o seu racismo”. O ato também teve a presença de Iza Vicente, advogada e vereadora em Macaé pelo partido REDE, e do advogado Emanuel Pinheiro, que testemunhou e prestou assessoria jurídica no ato da violência.

Em entrevista à Prensa, Iza contou que, como vereadora, cidadã e defensora dos direitos humanos, vê que o racismo ainda é presente e é necessário discutir formas de construir uma sociedade antirracista, “porque não basta só não ser racista, tem que ser antirracista, como já dizia uma grande escritora negra”. A vereadora pontuou também sobre a importância da busca por mecanismos que de fato punam os responsáveis pelo racismo. “Essa pessoa em questão foi indiciada por injúria racial e, mesmo preso em flagrante, foi liberada após pagamento de fiança, qual é o recado que a gente dá para a população negra quando uma pessoa racista, após pagar dois salários-mínimos, já está livre novamente? ”, disse.

A vereadora explica que é necessário promover uma discussão no âmbito nacional para buscar menos impunidade nos atos individuais de racismo e, junto a isso, “discutir um modelo de sociedade em que pessoas negras tenham protagonismo e não sejam discriminadas. A vereadora já tomou medidas para que o caso seja tratado pelo Poder Público. “Nós já apresentamos um requerimento à prefeitura pedindo a revogação da concessão do quiosque para essa pessoa, porque se um indivíduo não sabe atender bem uma pessoa negra, ela não tem a mínima condição de estar ocupando o espaço público para ter ganho econômico”, esclareceu. A vereadora participará hoje de uma sessão na câmara para conversar sobre o caso.

Em nota, a Prefeitura de Macaé disse que, diante do caso de racismo ocorrido no último domingo (16), já determinou à Procuradoria Geral do Município e à Secretaria Municipal de Promoção à Igualdade Racial que medidas administrativas e judiciais sejam tomadas diante da grave agressão. “A Prefeitura reafirma seu repúdio a toda forma de racismo ou preconceito e que não deixará de se posicionar e agir neste e em outros casos”, esclareceu.

O coletivo “Coisa de Preto” está organizando um outro ato de protesto para o fim de semana.

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