A Bandeira Azul, selo internacional de qualidade, poderá ser eternizada na Praia do Peró. O prefeito de Cabo Frio, Adriano Moreno, assinou decreto formando uma comissão permanente, com representantes das principais secretarias municipais, para cuidar da gestão do projeto. A comissão já está formada e teve sua primeira reunião nesta quarta-feira. Ainda neste mês, o prefeito envia projeto-de-lei à Câmara Municipal propondo que o programa seja transformado em lei. Desta forma, terá que ser mantido pelos futuros prefeitos da cidade.
Em outro ato, Adriano Moreno desapropriou uma casa na Avenida dos Pescadores, ao lado do Flat Âncora, para serviço de base operacional de todos os setores que operam no trecho certificado com a Bandeira Azul e também no restante da praia do Peró, que tem 7,2 quilômetros de extensão. A casa, onde funcionava uma fabricante de empadas, será a base da Guarda Municipal, Marítíma e fiscalização de posturas. Poderá funcionar também como ponto de informações turísticas devido à sua localização privilegiada:
— A Prefeitura já pode tomar posse do imóvel, mas preferimos aguardar o pagamento da desapropriação, no valor de R$ 480 mil. Com os dois atos, o objetivo é eternizar a Bandeira Azul, um projeto importante não somente para o Peró como também para Cabo Frio, para a Região dos Lagos e para o Estado do Rio – afirmou o prefeito.
Adriano Moreno garantiu também que as obras de asfaltamento das vias de acesso ao Peró serão retomadas na segunda-feira. Segundo ele, a usina de asfalto, que fica em outro município, deu férias coletivas aos funcionários e na volta aconteceu um problema técnico na produção. Todos os equipamentos (caminhões e tratores), assim como os funcionários da empreiteira responsável, estão no canteiro de obras da Ogiva aguardando a chegada do asfalto para reinício das obras. O asfaltamento parou na esquina da Avenida dos Pescadores com Rua Piloto, na entrada da Praia das Conchas.
— O funcionamento da comissão permanente será fiscalizado por nós e pela sociedade. Expliquei aos secretários que a Bandeira Azul não é um projeto do Meio Ambiente e do Turismo, mas sim de governo. Caca representante terá que cumprir com suas responsabilidade – assegurou o prefeito.
Tanto a lei que cria a comissão permanente quanto a desapropriação da casa para servir de base operacional foram pedidos da Coordenação do Projeto Bandeira Azul, com apoio dos Amigos do Peró, movimento que buscou e que luta pela manutenção da Bandeira Azul. A certificação abrange 550 metros do trecho urbano da praia, em frente a área dos quiosques.
— A lei é a única forma de garantir a manutenção do selo de qualidade nos futuros governos. A casa era necessária para que o pessoal de campo tivesse um posto fixo de apoio, inclusive para reuniões de emergência e administração da certificação. Com mais estrutura e alinhamento, vamos conseguir evoluir no projeto, trazendo novos elementos que irão melhorar em muito o funcionamento de toda a orla – previu Magno Maiques, um dos coordenadores do programa Bandeira Azul.
— É muito difícil conseguir tudo de uma vez só. As duas notícias, contudo, representam um grande avanço. Vamos acompanhar de perto o trabalho da comissão permanente, pois existem pontos falhos que precisam ser corrigidos, principalmente na questão de ordenamento urbano e mobilidade – lembrou o advogado Ozéas Mello, dos Amigos do Peró.