Um registro histórico do jornal satírico de Búzios, “O Perú Molhado”, resgata a passagem e a aversão de Thereza Collor pela então efervescente praia de Geribá, poucos anos após o escândalo de corrupção que levou ao impeachment de Fernando Collor de Mello (presidente de 1990 a 1992). A capa do periódico, datada de 19 de maio de 1996, serve como um flashback curioso em meio ao lançamento de novas produções audiovisuais do Globoplay que revisitam a trajetória do ex-presidente, onde Thereza figura como uma das principais entrevistadas.
Thereza Collor, ex-cunhada do ex-presidente e esposa de Pedro Collor (principal denunciante do esquema de PC Farias), tornou-se uma figura central no drama político-familiar que marcou o início dos anos 90. Sua participação em documentários e podcasts recentes da plataforma, como a série “Collor versus Collor” ou “Caçador de Marajás”, a coloca novamente sob os holofotes, oferecendo um olhar íntimo sobre a ascensão e queda do clã.
O Desdém de Geribá por Maceió
A matéria de 1996 do “O Perú Molhado” captura a empresária em um momento pós-crise. A manchete principal informa, em tom irônico: “Thereza Collor, que se demitiu do serviço público, em Geribá: ‘não me levem a mal, mas sou mais as praias de Maceió'”. A reportagem, subintitulada “A ex-cunhada do Presidente Collor de Melo vem a Búzios e desdenha de nossas praias,” sugere que Thereza, então Secretária Estadual de Turismo de Alagoas, teria comparado a badalada praia de Geribá, em Búzios, com o litoral de Alagoas, sua terra natal.
O registro histórico do “Perú Molhado” em Búzios mostra como a figura de Thereza Collor, a “musa do impeachment”, continuava a gerar humor e interesse público, mesmo anos depois do escândalo que derrubou o ex-presidente. A série do Globoplay, ao dar voz à empresária, oferece uma perspectiva crucial para entender a dimensão pessoal e política do turbulento governo Collor.
