Não que o pet teste positivo para doença, mas ele pode ser parte da cadeia de contágio, explica veterinário
Em tempos de disseminação do Covid-19, o cuidado com a saúde precisa ser redobrado. Mas não são só os humanos que precisam se cuidar, também é preciso evitar que animais de estimação façam parte da cadeia de contágio. Não que o pet teste positivo para esse novo vírus, informação até o momento descartada pela comunidade científica, mas sim pela contaminação que ele pode levar para dentro de casa. Logo, a higiene e cuidado diários ajudam a evitar proliferação.
Segundo o veterinário, Steveson Carvalho, não há evidências que apontem o desenvolvimento da doença em animais. É tratada como “exclusiva” para humanos. Mas se o pelo estiver contaminado e outra pessoa o tocar, entra na cadeia de contágio e não há garantia de que não haverá transmissão.
“Se você passear com seu pet e alguém contaminado fizer um carinho nele, existe a possibilidade da gotícula cair sobre o pelo e o vírus ser levado para dentro de casa. Por isso, não permita que pessoas na rua acariciem seu animal, a não ser o médico veterinário em casos de emergências. Utilize a mesma regra de distanciamento como, por exemplo, a de ninguém se cumprimentar com contato físico, como por exemplo o aperto de mão”, explicou.
O veterinário orienta que “pessoas infectadas evitem o contato com seus cães e gatos e, também, façam quarentena de convivência com eles. As saídas ao ar livre com os animais de estimação devem ser curtas e objetivas, acompanhadas de apenas um responsável e para atender às necessidades fisiológicas. Também é importantíssimo lavar as patinhas quando forem a rua com água e detergente, lembrando sempre de enxaguar bem e secar bastante. Os cuidados com a higiene são recomendados pela medicina veterinária e devem ser rotineiras, como banhos semanais ou quinzenais dependendo da rotina do pet”.
Tipos de Coronavírus
Da família coronaviridae surgem dois gêneros de vírus: o alphacoronavírus (CCoV e FCoV ) e betacoronavírus (Síndromes Respiratórias CoV2 e CoV; e MERS -CoV ).
A espécie da CCov desenvolve em cães a doença chamada de gastroenterite, com sintomas de vômito e diarreia. Outro vírus, o FCoV, causa em gatos a Peritonite Infeccionda Felina. Ambas não são transmissíveis ao homem e possuem vacina.
No caso dos humanos, a espécie CoV2 que desenvolveu a doença CoVid-19; a SARS- CoV a Síndrome Respiratória Aguda Grave; e MERS-Cov a Síndrome Aguda do Oriente Médio. Não há transmissão desses vírus a animais.